Ação escolhida por IA avança neste mês na B3, na contramão da baixa do Ibovespa
Após recuar em junho, o poder de compra do avicultor paulista frente aos principais insumos da atividade – milho e farelo de soja – voltou a apresentar alta nesta parcial de julho. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse movimento está atrelado à recente reação nos preços do frango vivo e à desvalorização desses insumos. Levantamento do Cepea mostra que as cotações do animal vivo negociado no estado de São Paulo estão reagindo, após a acentuada desvalorização observada no mês passado, em função das restrições impostas por parceiros comerciais devido à detecção um caso de gripe aviária em uma granja comercial no município de Montenegro (RS). A retomada gradual das exportações por parte de alguns países é que tem favorecido a recente reação nos preços do frango vivo.
OVOS: Preços encerram 1ª quinzena em queda; setor se atenta a tarifas
Os preços dos ovos encerraram a primeira quinzena de julho em queda em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Com a menor demanda – devido sobretudo ao período de férias escolares –, produtores acabaram concedendo descontos nas negociações, o que intensificou a pressão sobre os valores. Segundo colaboradores do Cepea, embora as temperaturas mais amenas registradas em diversas regiões do País tenham contribuído para uma redução da produção, o ritmo lento das vendas tem impactado o mercado. Desde a semana passada, o setor nacional de ovos também está atento às tarifas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos. No primeiro semestre deste ano, os EUA foram destino de 61% do volume exportado pelo Brasil, com destaque para o ritmo acelerado das compras, que vêm renovando recordes mensais nos últimos cinco meses e já acumulam alta expressiva de 1.274% em relação ao mesmo período do ano passado. Colaboradores do Cepea estão atentos aos desdobramentos da medida, mas, ainda assim, é importante destacar que as exportações brasileiras de ovos representam menos de 1% da produção nacional; ou seja, o impacto no mercado interno, num primeiro momento, pode ser mais limitado, diferentemente do que pode ocorrer em outros setores do agronegócio.
CITROS: Tarifas preocupam setor citrícola nacional
A imposição de uma tarifa adicional de 50% sobre as importações de suco de laranja brasileiro pelos EUA ameaça a sustentabilidade da cadeia citrícola nacional e desestabiliza o principal fluxo comercial internacional dessa commodity, indicam pesquisadores do Cepea. A medida compromete a competitividade do Brasil, líder global em exportações de suco, e impõe pressões inflacionárias ao mercado norte-americano, fortemente dependente do fornecimento brasileiro. Esse cenário é visto justamente em um contexto de recuperação da safra paulista de laranja. Segundo pesquisadores do Cepea, a combinação entre ampla oferta e entraves comerciais tende a resultar no acúmulo de estoques industriais e na retração das cotações no mercado interno. Adicionalmente, pesquisadores do Cepea indicam que o redirecionamento de volumes originalmente destinados aos Estados Unidos para os mercados europeu e doméstico poderá intensificar a pressão sobre os preços internacionais, com efeitos colaterais em toda a cadeia. No curto prazo, espera-se que esse excedente resulte em desequilíbrios nos estoques e em redução das margens da indústria.