Os futuros do café acumularam discreta valorização nesta semana. Na ICE Futures US, a cobertura de posições vendidas dos fundos e o movimento de desvalorização da moeda norte-americana auxiliaram a sustentação das cotações.
Seguindo a tendência externa, no Brasil o dólar comercial foi cotado a R$ 3,1136, com queda de 0,7% em relação ao fechamento da semana anterior. Investidores seguem atentos ao cenário político e à capacidade do Governo de aprovar as reformas necessárias à consolidação da retomada do crescimento econômico.
Na ICE Futures US, o vencimento setembro do Contrato C foi cotado, ontem, a US$ 1,4020 por libra-peso, registrando alta de 235 pontos em relação ao fechamento da semana passada. O vencimento setembro do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 2.144 por tonelada, acumulando valorização de US$ 15 na comparação com a última sexta-feira.
O clima segue favorável à colheita, que se aproxima da reta final. De acordo com a Somar Meteorologia, a frente fria que avança para a costa da Região Sudeste não deverá causar precipitações nas regiões cafeeiras e também não há potencial para geadas.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informou que, com o encerramento da colheita do café conilon no Espírito Santo, produtores estão atentos ao potencial da próxima safra, cuja primeira florada ocorrerá neste mês. Em algumas regiões da Bahia e de Rondônia, as primeiras flores já começaram a abrir, mas floradas mais significativas somente serão observadas a partir da segunda quinzena de agosto.
Em relação à variedade arábica, a instituição destacou que há expectativas de que a quebra da safra 2017/18 possa ser maior que a esperada. Diante desse cenário, produtores seguem retraídos e a comercialização continua lenta. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 468,48/saca e a R$ 416,72/saca, respectivamente, com alta de 1% e 0,3% em relação ao fechamento da semana anterior.