Os contratos futuros do café registraram alta moderada nesta semana, impulsionados por ganhos técnicos em meio à falta de novidades no lado dos fundamentos. Alguns ainda especulam a respeito da safra 2018 do Brasil, mas o passar do tempo vem trazendo à tona a redução nas projeções de diversas instituições a respeito da colheita nacional.
Na ICE Futures US, o contrato "C" com vencimento em março de 2018 acumulou 165 pontos de valorização, encerrando pregão de ontem a US$ 1,1960 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento março do café robusta encerrou a sessão de quinta-feira a US$ 1.801 por tonelada, com ganhos de US$ 12.
Conforme a Somar Meteorologia, o clima permanece chuvoso no cinturão produtor. Uma frente fria gera áreas de instabilidade entre a costa do Sudeste e o interior do País e o avanço do sistema pelo litoral da Região provoca chuva fraca e isolada na Mogiana. O serviço meteorológico informa que as precipitações serão um pouco mais intensas, mas de curta duração, no sul de Minas Gerais e passam a ganhar força no Espírito Santo.
Ainda de acordo com a Somar, os maiores índices de chuva ao longo dos próximos cinco dias serão registrados nas áreas central e norte mineiras, com 130 milímetros, e de 70 a 100 mm nos cafezais de conilon do Espírito Santo. Entre São Paulo e o sul de Minas, o acumulado deve chegar a 70 mm, ao passo que o Cerrado Mineiro deverá receber aproximadamente 100 mm em pontos isolados.
O dólar comercial, apesar da queda de ontem, acumulou ganho de 0,85% na semana frente ao real. A divisa norte-americana vinha sendo impulsionada pela possibilidade de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) apresentasse sinais de aperto monetário maior no futuro, movimento que perdeu força após discurso do seu presidente Patrick Harker, que defendeu apenas duas elevações de juros em 2018.
No mercado físico, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon subiram 0,2% e 0,4% respectivamente, situados em R$ R$ 435,45/saca e a R$ 319,83/saca. Apesar da evolução moderada, os agentes consultados pela instituição relataram que os players de mercado seguem retraídos e os negócios permanecem lentos.