Os contratos futuros do café recuaram nesta semana no mercado internacional, à medida que as especulações sobre safra volumosa mundial – fato que o CNC discorda, principalmente em relação ao Brasil e a precocidade do período para se projetar a colheita em 2018 –, afastam compradores e pesam sobre os preços.
O dólar perdeu força no mercado externo, puxado pelo anúncio de números da economia dos Estados Unidos. O índice de preço ao produtor norte-americano caiu 0,1% entre novembro e dezembro frente à expectativa de alta de 0,2% no período, o que aumentou as dúvidas em relação à previsão de três altas nos juros pelo Federal Reserve (FED) neste ano.
No Brasil, a moeda acompanhou o cenário internacional e recuou 0,5% na semana. O desempenho também foi ocasionado pela divulgação da primeira prévia do IGP-M de janeiro, que ficou acima do esperado, e pelo crescimento de 0,7% em novembro ante outubro na produção industrial de São Paulo, fatos que reforçaram a ideia de melhora na economia local e fortaleceram a divisa brasileira. Ontem, o dólar comercial foi cotado a R$ 3,2185.
Mesmo diante do enfraquecimento da moeda norte-americana, o contrato futuro do café arábica com vencimento em março/18 acumulou perdas de 565 pontos na Bolsa de Nova York, negociado a US$ 1,2280 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento janeiro/18 do conilon encerrou a sessão de ontem a US$ 1.745 por tonelada, com baixa de US$ 2 frente ao fechamento da semana passada.
De acordo com informações da Somar Meteorologia, a chuva volta a se concentrar na Região Sul do País ao longo dos próximos dias, registrando acumulados maiores do que 40 milímetros no Paraná. Volume semelhante de precipitações também deve ocorrer em Rondônia, ao passo que a chuva será mais isolada, porém ainda aparece de forma frequente entre São Paulo e sul de Minas Gerais.
O serviço meteorológico alerta, ainda, que, apesar da possibilidade de ocorrerem algumas precipitações nesta semana, a expectativa é para baixos volumes acumulados nos próximos cinco dias no Espírito Santo e no sul da Bahia.
No mercado físico, as cotações foram pressionadas pela desvalorização internacional e pela ausência de compradores nas praças. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 445,41/saca e a R$ 338,33/saca, com desvalorizações de 2,1% e 4,5%, respectivamente, na comparação com o fechamento da semana anterior.