O que está por vir para o comércio EUA-Brasil? Especialista responde
Enquanto a Alphabet (NASDAQ:GOOGL) impressiona com números sólidos no segundo trimestre de 2025, a Tesla (NASDAQ:TSLA) continua sob pressão. As duas empresas de tecnologia refletem desenvolvimentos opostos: aqui, negócios em expansão graças à inteligência artificial e serviços em nuvem; lá, uma nova queda nos lucros devido à redução nas vendas de veículos e à incerteza política.
Abaixo deste artigo, você encontra uma análise detalhada das duas ações em um vídeo sincronizado.
Alphabet: IA e nuvem impulsionam lucros
A Alphabet, controladora do Google, registrou um salto de 14% na receita no segundo trimestre, para US$ 96,4 bilhões. O lucro aumentou 19% em relação ao ano anterior, para US$ 28,2 bilhões. O negócio de nuvem teve um desempenho particularmente dinâmico, com um aumento de 32% na receita, para US$ 13,6 bilhões. Os serviços do Google, especialmente a pesquisa e o YouTube, também cresceram significativamente, com um aumento de 12%, para US$ 82,5 bilhões.
O CEO da Alphabet, Sundar Pichai, atribui o crescimento principalmente à crescente demanda por aplicações de IA. De acordo com Pichai, novas funções como “AI Overviews” na pesquisa do Google estão sendo amplamente aceitas. O grupo pretende continuar a expandir massivamente os investimentos nesta área – só em 2025, serão investidos cerca de 85 bilhões de dólares. O faturamento anual da divisão de nuvem já ultrapassa os 50 bilhões de dólares.
O único ponto negativo continua sendo a área “Other Bets”, que inclui hardware como dispositivos Pixel. Apesar do ligeiro aumento no faturamento, essa área continuou registrando perdas significativas.
Tesla: problemas de vendas e incerteza política freiam o crescimento
A situação é diferente para a fabricante de carros elétricos Tesla: o lucro caiu 16% no segundo trimestre, para US$ 1,17 bilhão – a segunda queda consecutiva. O faturamento caiu 12%, para US$ 22,5 bilhões, ficando abaixo das expectativas dos analistas.
Uma das principais razões: as vendas de veículos diminuíram 13,5%, para cerca de 384.000 unidades. Mesmo a nova versão do modelo de sucesso Model Y não conseguiu compensar a queda até agora. Especialmente fora dos EUA, a Tesla está sentindo fortemente a concorrência, por exemplo, dos fornecedores chineses. Na Europa, onde a empresa produz em Grünheide, as vendas vêm caindo há meses.
Além disso, a Tesla está sendo prejudicada por desenvolvimentos políticos nos EUA. O presidente Donald Trump planeja encerrar os subsídios para carros elétricos no final de setembro e abolir as multas por emissões de CO₂ para veículos a combustão. No passado, a Tesla lucrou muito com a venda de certificados de emissão para outros fabricantes. A possível perda dessa receita afeta ainda mais a empresa.
Visão de futuro com direção autônoma
Enquanto isso, o CEO da Tesla, Elon Musk, aposta em tecnologias de futuro de longo prazo. Além do seu negócio principal em torno dos carros elétricos, a Tesla pretende crescer principalmente na área de direção autônoma e robôs humanóides. Em Austin (Texas), foi recentemente iniciado um primeiro teste de um serviço de táxi robótico – até agora, porém, apenas com poucos veículos e sob controle rigoroso.
Apesar de todos os contratempos, o fim iminente dos subsídios estatais pode dar um novo impulso no curto prazo, já que os compradores devem se apressar para aproveitar os incentivos. No entanto, ainda é incerto como a Tesla se manterá no médio prazo, especialmente diante de um cenário político e econômico em transformação.
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