A manchete de uma reportagem recente do Estadão diz: PT vê ajuste fiscal como risco à sobrevivência política do partido; e a reportagem mostra como, novamente, uma parcela do partido continua desconectada da realidade.
No texto, interlocutores do partido comparam o ajuste fiscal a um suicídio político e ao período Dilma em 2015, quando a presidente “cedeu” ao fiscalismo, para tentar governar e sofreu um impeachment.
Daí se demonstra a falta de conexão com a realidade de diversos membros do governo, que parecem esquecer que ao “ceder” em 2015, nenhum plano de Levy foi colocado em voga e o mesmo foi tão somente um bode expiatório da coleção de falhas que se acumulavam até então.
Outro ponto, parece ser a necessidade de se operar com um fluxo de gastos “infinito”, o que não condiz com a teoria econômica e as fatais consequências de tal expediente, ou seja, não poder gastar e ver um crescimento econômico mais fraco este ano está custando politicamente nas fileiras do partido do governo.
O desespero de se registrar um crescimento econômico inferior ao último ano de Bolsonaro, além de imaturo, pode custar um capital político que o governo nitidamente não tem neste momento, como já visto no congresso e nas recentes aberturas de cargos para acomodar o presidencialismo de coalisão.
Por isso a dificuldade em se divulgar um arcabouço fiscal crível, com sustentação de crescimento não para este ano, mas para os próximos, acompanhado de uma reforma tributária que desonere a cadeia produtiva e que não penalize demais o setor de serviços, como forma a compensar o “alívio” da indústria.
Na sessão de hoje, o início das reuniões dos BCs vem acompanhado de um alívio global, com a promessa do governo americano que, dentro dos limites do FDIC de $250.000, há garantia total do sistema bancário, caso ocorra algum colapso.
Isso dá abertura para uma leitura menos enviesada dos BCs quanto ao futuro da política monetária, porém a inevitabilidade do tema deve criar o tom das decisões, dos comunicados e das atas das decisões que devem preservar os juros aqui e elevar nos EUA e Reino Unido.
No geral, as atenções continuam voltadas a Xi na Rússia e o que se julgam possíveis consequências positivas da viagem, como uma mediação pelo fim da guerra.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após a garantida dos depósitos por parte dos governos.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, após um fechamento positivo nas bolsas ocidentais, com a garantia dos bancos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao cobre e ao paládio.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com os menores temores da contaminação do problema bancário global.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -3,56%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2369 / -0,80 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / 0,233%
Dólar / Yen : ¥ 132,39 / 0,663%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / -0,212%
Dólar Fut. (1 m) : 5252,50 / -0,59 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 12,98 % aa (0,11%)
DI - Janeiro 25: 12,09 % aa (0,18%)
DI - Janeiro 26: 12,20 % aa (-0,01%)
DI - Janeiro 27: 12,44 % aa (-0,25%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,0381% / 100.923 pontos
Dow Jones: 1,2008% / 32.245 pontos
Nasdaq: 0,3872% / 11.676 pontos
Nikkei: -1,42% / 26.946 pontos
Hang Seng: 1,36% / 19.259 pontos
ASX 200: 0,82% / 6.955 pontos
ABERTURA
DAX: 1,625% / 15176,06 pontos
CAC 40: 1,653% / 7129,05 pontos
FTSE: 1,352% / 7503,92 pontos
Ibov. Fut.: -1,28% / 101666,00 pontos
S&P Fut.: 0,57% / 4005,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,095% / 12721,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,26% / 102,84 ptos
Petróleo WTI: 1,33% / $68,54
Petróleo Brent: 1,18% / $74,66
Ouro: -0,52% / $1.967,06
Minério de Ferro: -1,63% / $123,45
Soja: -0,17% / $1.485,50
Milho: -0,24% / $633,25
Café: 1,04% / $184,90
Açúcar: 0,10% / $20,56