por Pinchas Cohen
O furacão Harvey foi uma tempestade no pregão eletrônico da noite de domingo, fazendo com que os preços dos futuros da gasolina disparassem 6,4%. Hoje, o aumento foi ampliado após a tempestade levar à interrupção de quase 15% da capacidade de refino dos EUA. Espera-se que os preços da gasolina continuem a subir, já que mais interrupções são esperadas.
O Harvey está a caminho de Port Arthur, no Texas, que produz 600 mil barris de combustível por dia. As chuvas não terminaram e empresas do setor de energia ainda estão avaliando os danos, mas pode levar meses para que peças sejam fornecidas e o reparo seja feito aos equipamentos elétricos que foram danificados. O Harvey está devastando o centro da infraestrutura de petróleo dos EUA; a costa do Texas é responsável por quase 30% da capacidade de refino do país.
Investidores podem estar confusos quanto ao motivo pelo qual o preço do WTI está caindo enquanto o de futuros de gasolina está aumentando. A tempestade não deveria interromper o fornecimento de petróleo bruto e da gasolina da mesma forma?
A diferença é que as refinarias (embora atualmente fora de serviço) são as compradoras reais do petróleo bruto que refinam; quando a capacidade de refino está baixa, os mercados esperam que a demanda caia. Entretanto, no caso da gasolina, o consumidor final é o consumidor geral que continuará a dirigir independentemente das capacidades das refinarias, sustentando assim o preço da gasolina sem considerar a situação atual. Logo, enquanto o preço da gasolina deve permanecer com sustentação, espera-se que a demanda pelo petróleo continue a cair.
A partir de uma perspectiva técnica, o aumento de hoje completa um ombro-cabeça-ombro (O-C-O) invertido. Observe também que superou a média móvel diária de 200 (em vermelho) após a média móvel diária de 100 (em azul) dar sustentação à queda de 17 de agosto, ao, após entrar nesse nível, fechar acima disso. A média móvel diária de 50 (em verde) está apontando para cima e está a ponto de cruzar acima da média móvel de 100, além de cruzar a linha de tendência descendente desde 30 de dezembro após o preço já ter feito isso em 27 de julho, confirmando um movimento de retorno que confirmou a sustentação.
As implicações de alvo, com base na altura do padrão, são de US$ 0,27 o galão, de 1,65 a 1,82.
Caso esse alvo se concretize, terá completado outro padrão muito maior.
Agora, o preço estacionou na linha de tendência descendente desde maio de 2015. Essa linha de tendência traça os picos, ao passo que a mínima de janeiro de 2016, 1,2132, constitui a cabeça de um imenso O-C-O inverso. Caso o alvo diário do O-C-O se concretize, terá ultrapassado acima da imensa parte inferior de dois anos. A implicação de alvo dessa reversão seria US$ 0,55, com alvo de 2,2500.
Estratégias de Negociação
Investidores conservadores não tolerariam a volatilidade previsível. Vamos lembrar que embora o O-C-O diário tenha sido concluído, o preço está sob pressão de uma linha de tendência descendente desde maio de 2015.
Investidores moderados confiariam nos fundamentos de mais interrupções da tempestade aumentando os preços da gasolina, refletidos nos O-C-O, mas esperariam por um movimento de retorno, caso ocorra, à linha do pescoço, por volta de 1,7000 antes de assumirem uma posição longa.
Investidores agressivos podem apostar no movimento potencial de retorno e mudar de atitude com uma posição longa após um movimento de retorno em direção ao nível de preço de 1,7000.