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Grécia e Ucrânia Criam Cortina que Esconde que o Dólar Reflete o Brasil

Publicado 18.02.2015, 14:08
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Preponderam análises que, provavelmente por posturas basicamente políticas deixam de atribuir às questões brasileiras as causas maiores que repercutem na formação do preço da moeda americana no Brasil, procurando atribuí-las a razões externas, ao estilo ‘Ministro Mantega”.

Então, sem avançar na abordagem do cerne da questão que demonstra um Brasil fragilizado herdado de 2014 ao qual se somam perspectivas generalizadas ruins tem sido criado um notório despiste valorizando em demasia as questões em torno da Grécia e do conflito na Ucrânia.

Naturalmente que os problemas em torno do resgate da Grécia e sua postura até certo ponto arrogante, mas típica de quem deve muito e acredita que pode subjugar o credor, ao mesmo tempo que o conflito na Ucrânia ainda mostra regiões combatentes, são observados globalmente, mas é preciso não perder de vista o quanto de importância impactante efetiva tem sobre o Brasil direta ou indiretamente.

O Brasil que não cresce, que tem inflação alta e que precisará de SELIC acima das projeções atuais, que precisa mudar radicalmente a sua política econômica, que herdou uma situação fiscal dilacerada de 2014 e tem o desafio, já pouco acreditado que se torne real, de construir um superávit de 1,2% sob o risco de perder o grau de investimento numa fase em que já não desperta atratividade aos investidores estrangeiros em conta de capital (IED´s), que tem frágeis perspectivas positivas na balança comercial comprometida pela queda dos preços das “commodities”, e que tende a ter problemas agravados nas contas externas, embora o país tenha reservas cambiais liquidas em torno de US$ 350,0 Bi, mas que a precisa preservar ao máximo como “escudo” perante a comunidade global, efetivamente pesa mais e diretamente na formação do preço da moeda americana no nosso mercado do que a questão grega e ucraniana.

Efetivamente há enormes riscos numa visão prospectiva sobre probabilidades. A não aprovação pela base de sustentação política do governo às medidas saneadoras da economia; sinais de insucesso na obtenção de superávit primário dentro do comprometido acentuando o risco de perda de rating; falta de água e ou energia; não crescimento da economia; insuficiência de fluxos cambiais necessários ao financiamento externo do qual o país é dependente e que pode determinar redução das reservas cambiais, etc.

Há muitos desafios a serem superados por este governo, porém não é razoável precificar no preço do dólar atual a perspectiva desfavorável sem que o insucesso do plano do governo tenha evidências críveis materializadas.

Por isso, temos defendido que precisa haver moderação após o preço da moeda americana ter sido apreciado compatibilizando-se com o “status quo” da economia brasileira.

Estamos no inicio do ano e é necessário acompanhar como a indústria se beneficiará da taxa cambial ajustada, o quanto recuperará da parcela perdida para os importados, que serão encarecidos, no mercado interno. E mais, se recuperará capacidade exportadora e ficará motivada a realizar investimentos focando a produtividade.

E importante também, quanto ocorrerá de retração nas importações.

É necessário verificar se a taxa ajustada do câmbio ao momento motivará o capital especulativo a vir para o Brasil buscar rentabilidade e com isto, melhorar os fluxos cambiais.

É preciso ver como o Brasil buscará atrair investimento externo para a infraestrutura, efetivamente único nicho de atratividade maior que o país detém no momento.

Há muitas incertezas já até tendentes a fomentar o negativismo, mas de toda forma é preciso dar tempo ao tempo, para que a alta acima de R$ 2,80 ocorra com base em fundamentos e não especulativamente.

Ao final de 2014 projetamos para 2015 o preço do dólar em R$ 2,80 ao final do 1º trimestre e R$ 3,20 ao final do ano, com evolução gradual na medida em que fiquem evidenciados insuficientes fluxos de recursos externos e dificuldades do governo em consolidar o superávit primário de 1,2% anunciado como meta, colocando foco mais intenso no risco de perda do grau de investimento.

Continuamos validando-as na atualidade, a despeito do preço do dólar já ter sido exacerbado acima de R$ 2,80, mas nos pareceu que movido a especulação, razão pela qual acreditamos no retorno a este preço com alguma volatilidade.

Entendemos também que cabe ao BC ser previdente e anunciar antecipadamente que continuará com as rolagens de swaps cambiais e a oferta adicional que já vem praticando após o 1º trimestre, esvaziando assim especulações sobre o fato.

Por enquanto o grau de confiança do empresariado na capacidade do governo cumprir o que vem sendo anunciado, exceto a elevação de tributos, perdura baixo e inibe decisões sobre investimentos.

O Boletim FOCUS divulgado hoje contendo as projeções medianas do mercado financeiro elevou o IPCA-2015 de 7,16% para 7,27%, mas acreditamos que será maior pois a pressão inflacionária será intensa este ano. Alterou a projeção do dólar de R$ 2,80 para R$ 2,90, que consideramos ainda muito baixa. Projeta a SELIC agora em 12,75% elevando-a de 12,50% mas tudo leva a crer que irá além. Projeta o PIB agora negativo em 0,42%, e, também negativa a 0,43% a produção industrial numa reversão relevante de anterior positivo em 0,44%. Nos dados externos manteve projeções inalteradas, mas tudo leva a crer que o déficit em transações correntes será maior do que US$ 78,0 Bi, que a balança comercial não alcance liquidamente positivos US$ 5,0 Bi e que US$ 60,0 Bi de IED´s é muito otimista para este ano.

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