Trump diz que só reduzirá tarifas se países concordarem em abrir mercados aos EUA
Apesar dos avanços nada positivos na guerra comercial dos EUA com diversos países, notadamente Canadá, México, União Europeia e agora, China, o resultado do Payroll muito acima das expectativas acaba por influenciar os mercados.
Tanto a criação de postos de trabalho, quanto o desemprego e o custo de mão de obra, ou seja, salários cresceram robustamente em maio a noção de que o Fed possa conviver com inflação levemente acima da meta sem prejuízo à atual política monetária. “... por um período temporário de inflação modestamente acima de 2% ... seria útil para ancorar as expectativas de inflação de longo prazo” conforme citado na última ata.
Deste modo, o apetite pelo prêmio de maior risco tende a crescer em tal cenário e mercados emergentes como o Brasil podem amortecer parte dos impactos sofridos durante a forte realização de lucros em maio.
A semana é de agenda modesta no exterior, porém localmente conta com IPCA, IGP-DI, produção industrial e IPC-Fipe.
CENÁRIO POLÍTICO
As pressões do retorno da política aos quadros da Petrobrás eram nítidas desde que membros do governo apoiaram a saída de Parente da presidência, por conta da greve dos caminhoneiros.
Num emblemático tweet, Moreira Franco deixou escapar a intenção de politização da empresa ao dizer “Pq governo tem que governar. E é isso o que vamos fazer: proteger as pessoas e atividades econômicas das flutuações internacionais dos preços dos combustíveis”, isso ao dizer antes que a política de preços não se alteraria.
O caráter técnico do substituto de Parente, Ivan Monteiro é inegável, porém restam as dúvidas sobre a capacidade em não ceder a pressões externas, principalmente do governo em momentos de petróleo e dólar em alta.
Além disso, também restam dúvidas sobre a sua capacidade em evitar o aparelhamento político da empresa, afinal Ivan é filho do BB (SA:BBAS3), estatal com forte presença política.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY sobem, com resultado do Payroll forte na sexta-feira.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, seguindo o ânimo com o mercado de trabalho.
O dólar opera em queda acentuada contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, prata, ferro e platina caem.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, com o aumento suplementar da produção americana.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 0,8%.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7655 / 1,10 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,600%
Dólar / Yen : ¥ 109,52 / -0,018%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / 0,292%
Dólar Fut. (1 m) : 3777,19 / 0,81 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,21 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,67 % aa (-1,29%)
DI - Janeiro 21: 8,81 % aa (-0,90%)
DI - Janeiro 25: 11,30 % aa (0,09%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,63% / 77.240 pontos
Dow Jones: 0,90% / 24.635 pontos
Nasdaq: 1,51% / 7.554 pontos
Nikkei: 1,37% / 22.476 pontos
Hang Seng: 1,66% / 30.998 pontos
ASX 200: 0,59% / 6.026 pontos
ABERTURA
DAX: -0,012% / 12722,75 pontos
CAC 40: 0,312% / 5482,59 pontos
FTSE: 0,765% / 7760,66 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 77313,00 pontos
S&P Fut.: 0,402% / 2744,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,346% / 7107,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,36% / 90,12 ptos
Petróleo WTI: -0,58% / $65,43
Petróleo Brent:-1,32% / $75,78
Ouro: 0,12% / $1.295,01
Minério de Ferro: 0,59% / $64,91
Soja: 0,89% / $18,80
Milho: -0,96% / $387,50
Café: -0,16% / $122,95
Açúcar: -0,24% / $12,51