No último post de highlights chamei atenção para melhora na confiança, algo fundamental para bolsa e para continuidade da nossa recuperação.
HIGHLIGHTS ECONÔMICOS: Menos incerteza, mais confiança, crédito…
Essa semana temos o IBC-Br que é uma proxy importante para o PIB. Sai na quarta, recentemente tivemos os dados de Produção industrial, aos quais destaco:
- Tivemos queda de 0,8% em agosto na comparação mensal, mas uma alta de 4% quando olhamos contra o ano de 2016;
- A difusão se mostrou positiva com 67% das atividades mostrando alta, número esse que é acima da média histórica de 51%.
- Pontualmente a produção de açúcar decepcionou…possivelmente reflexo dos preços menores…mas foi algo pontual que tende a ser revertido.
Então apesar da produção industrial aparentemente sugerir uma desaceleração, penso que foi algo pontual e que a recuperação segue “on track”.
Outro indicador importante e interessante sobre a atividade é o índice que mede o fluxo pedagiado de veículos nas estradas que é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias – ABCR em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada.
Ele mostrou que a atividade referente a setembro apresentou alta de 2,2% na comparação com o mês imediatamente anterior, considerando os dados dessazonalizados. Mas é ainda mais significativo quando comparamos com 2016: alta de 6,4%!
“Isso representa o terceiro registro positivo nessa métrica trimestral. A melhora do ambiente macroeconômico em curso deve sustentar a trajetória de ganhos do índice total ao longo do último trimestre”, afirma Alessandra Ribeiro, diretora da Tendências Consultoria.
Semana que passou os dados de Vendas no Varejo já não ajudaram muito apresentando queda de 0,5% ante uma alta esperada de 0,2% no dado mensal (agosto contra julho de 2017).
2 Vilões:
- vendas de combustíveis e lubrificantes com queda de 2,9%. Não seria era de se esperar nada diferente após as altas nos preços.
- tecidos, vestuário e calçados om queda de 3,4%.
Ainda assim, cabe a ressalva de que no ano as vendas o varejo crescem 3,6%; Se considerar que o 4T é sazonalmente o melhor trimestre do ano e que justamente nesse trimestre do ano passado estávamos numa situação econômica ainda pior, penso que existe espaço para que vejamos uma melhora e que consigamos encerrar o ano com um crescimento decente ante 2016.
Ah e veja que o Índice Cielo (SA:CIEL3) do Varejo Ampliado (ICVA) mostrou que a receita de vendas do comércio varejista brasileiro apresentou crescimento de 2,4% em setembro de 2017 em comparação com o mesmo período do ano passado, após descontada a inflação.
“O resultado de setembro mostra crescimento real do varejo pelo segundo mês seguido, após a estabilidade que já havia sido apontada em julho”, comenta Gabriel Mariotto, gerente da área de inteligência da Cielo.
E corrobora a tese de recuperação estrutural do setor com mais um trimestre de alta…
E pra corroborar com essa ideia, li que as consultas para vendas a prazo para os presentes do dia das crianças (consulta feita entre os dias 5 e 11 de outubro, semana anterior ao Dia das Crianças), aumentaram 3% na comparação com 2016, segundo o SPC Brasil e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Enfim vou chover no molhado aqui e dizer que sigo vendo o Brasil on track em um processo de recuperação gradual … mais lento do que gostaríamos, mas em linha com nossa desorganizada macroeconomia. Não por acaso essa é a sexta semana consecutiva de aumento nas previsões de PIB para 2018….+2,5% de crescimento ainda é pouco perto do potencial e da necessidade imperativa de crescimento…
Mas para avançar mais precisamos subir esse degrau…o das reformas…. e ainda temos uma eleição pela frente … não por acaso Meirelles (futuro presidento?) vem dando o seu recado…
Brasil pode crescer 4% dentro de três anos, diz Meirelles
Seguimos, assim como os New Kids on the Block gostavam de cantar: “step by step…uh baby”