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Impasse no Petróleo: Preços em Alta Não Incentivam Exploração e Produção

Publicado 17.02.2022, 10:05
Atualizado 09.07.2023, 07:31

Publicado originalmente em inglês em 17/02/2022

Os preços do petróleo estão em seu patamar mais alto nos últimos sete anos, o que geralmente é um bom sinal para as empresas do setor e a expansão da indústria. No entanto, estamos vendo um impasse nesse sentido.

Petróleo semanal

Com os preços do petróleo em níveis elevados, deveríamos ver um crescimento da atividade de exploração e produção (E&P), mas não é isso o que está acontecendo.

De acordo com Amrita Sen, da Energy Aspects, a indústria precisa de “pelo menos US$520 bilhões em investimentos por ano” só para manter a produção global em 100 milhões de barris por dia (mbpd). Mas sua análise mostra que o setor investe apenas US$370 bilhões.

Mas por que não estamos vendo mais investimentos e o que essa escassez de E&P significa para o mercado no longo prazo?

O que está segurando a exploração e a produção

Nos EUA, a produção encontra-se 1,6 mbpd abaixo do nível registrado em janeiro de 2020, mesmo com o barril US$35 mais caro e, portanto, mais atrativo para os produtores.

O número de sondas é de cerca de 500, ao passo que, antes da pandemia, eram quase 700 em operação. Isso indica que a oferta não está crescendo tanto assim, apesar do maior potencial de lucro.

Indicadores, como a pesquisa da sucursal do Fed em Dallas, entre outras, mostra que os produtores americanos estão particularmente preocupados com o investimento na extração por uma variedade de razões no momento. Algumas delas aplicam-se apenas à realidade americano, mas outras também impactam quem opera fora dos EUA.

  1. Incerteza regulatória: Normas federais de regulação da produção de óleo e gás estão mudando, principalmente em termos de emissões, permissões e licenças. Apesar dos possíveis lucros de curto prazo, os produtores nos EUA continuam receosos com o possível impacto dessas políticas governamentais em seus investimentos, especialmente em projetos de longo prazo.
  2. Hesitação de instituições financeiras: Da mesma forma, bancos e investidores estão inseguros quanto ao futuro da política governamental a esse respeito. Vários bancos de grande porte estão sendo alvo do assédio de ativistas em relação ao investimento em empresas de óleo e gás nos últimos anos e enfrentam pressão para retirar por completo seu apoio a essa indústria. Essas pressões e a incerteza decorrente inibem a tomada de risco no setor de óleo e gás.
  3. Posições de ambientalistas: Com tanta incerteza, os produtores de óleo e gás não querem despertar a ira do movimento ambientalista. Isso pode atuar como uma força contra quaisquer compromissos com a expansão de E&P. Ela é forte sobretudo sobre empresas europeias onde as políticas governamentais desincentivam os produtores de óleo e gás a ampliar sua atividade de exploração e produção. Muitas empresas, como a BP (NYSE:BP), seguem alocando cada vez mais recursos em projetos não ligados a óleo e gás, ao mesmo tempo em que as vendas desses produtos e seu refino respondem por sua principal fonte de receita e lucro.
  4. Preços das ações: As empresas de petróleo estão demonstrando ter preferência por preços mais altos das suas ações no curto prazo. Quando o petróleo começou a cair em 2014, a petrolíferas cortaram suas atividades de E&P devido aos preços baixos. Também cortaram investimentos para proteger suas próprias ações. Agora que o petróleo voltou a subir, os produtores podem reinvestir a receita em E&P (com os benefícios contábeis e tributários que isso representa) ou podem usar os lucros para elevar os preços das suas ações através de dividendos e excelentes resultados. Grande parte da indústria optou pela segunda alternativa, preocupando-se mais em alçar seus papéis e distribuir dividendos no presente e futuro imediato,do que investir em E&P. (E isso não se restringe aos produtores americanos).

O que a falta de E&P significa para o mercado e a indústria de energia

Para o mercado, o menor crescimento da produção significa menos preocupação com o excesso de oferta no curto prazo. De fato, nos próximos anos, podemos ver uma significativa escassez de oferta se os produtores não começarem a investir em E&P em breve.

Para a indústria, a menor atividade de E&P significa que os preços da maioria das ações do setor continuarão em alta, com o preço do petróleo em patamares maiores, mas muitos produtores sofrerão daqui para frente se não encontrarem uma forma de produzir. Nos próximos anos, os produtores que tiverem investido em E&P ou possam adquirir ativos prontos para extração, terão uma enorme vantagem sobre quem não se preparou de antemão.

 

Últimos comentários

é....parece que essa transição para uma economia mais verde não será tão fácil assim. As empresas já estão vendo que num prazo mais longo não adianta investir em E/P
Ótimo artigo!
Excelente analise.
sempre um bom artigo. parabéns!
Muito boa a analise, e deve ser confirmada. Parabens .
Se a economia mundial voltar a um cenário mais favorável, será insustentável o aumento dos investimentos. Para mim, é apenas uma questão de tempo. Muito bom o artigo.
Sim, menos investimentos, menos produção, menos oferta e preços altos pressionando a inflação no mundo inteiro. Quero ver até aonde vai esse não investimento na produção.
A Russia e a Arabia Saudita nao entram no conjunto “mundo todo”. O petroleo é a base da economia deles e podem subsidiar os combustiveis internamente por anos. Há um evidente conflito entre os grandes produtores mundiais e a politica global de redução dos combustiveis fosseis, q está provocando um descompasso entre oferta e demanda q pode se arrastar por anos.
A politica de substituicao de fontes de energia de fossil para “clean” levará anos e o impacto na inflacao e, consequentemente, nos juros e, consequentemente, no crescimento global podem ser de longo-prazo.
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