Você está cercado de inteligência artificial, esteja ciente disso ou não. A forma assustadora com que essa tecnologia cresce e as demonstrações impressionantes que vemos na internet podem nos dar a impressão, errada, de que o acesso a ferramentas com desempenho desse nível seja limitado às big techs e aos gênios do Vale do Silício. O mesmo acontece quando imaginamos essas aplicações trabalhando no mercado financeiro. Somos levados a pensar que são ferramentas ao alcance apenas de grandes players.
A verdade é que essa realidade está mudando. Em diversas linguagens de programação já há bibliotecas “semiprontas” com um nível de otimização comparável, se não igual, às usadas pelas grandes empresas de tecnologia, tornando acessível a desenvolvedores independentes projetos de Machine Learning com desempenho invejável. Hoje, literalmente, uma pessoa sozinha no seu quarto com um computador pessoal é capaz de encontrar soluções incríveis.
Desenvolvi um algoritmo que tem por objetivo prever topos e fundos de um determinado ativo. A ideia é simples: ensinar a máquina baseado em dados recentes e pedir para que ela “adivinhe” dados futuros. Algo parecido com aqueles aplicativos que imitam as vozes das pessoas após as ouvirem falar algumas frases. Desde que iniciei a fazer recomendações de swing trade baseadas nesse algoritmo tenho acertado 58% das operações, com um retorno sobre risco de aproximadamente 1,5.
O gráfico a seguir mostra o desempenho da Inteligência Artificial, que batizei de Bottom Picker, ao tentar prever topos e fundos do IBOV em um gráfico de 120 minutos. As barras destacadas em vermelho indicam alta probabilidade de formação de um topo, enquanto as verdes, um fundo.
Obviamente, não é perfeita, mas tem uma assertividade bastante interessante, principalmente se comparada a indicadores convencionais de análise técnica.
Se a Inteligência Artificial estiver certa, teremos um recuo para a casa dos 107~108 mil pontos. Volto aqui no final da semana para comentar o resultado!