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Levy Procura Não Criar Falsas Expectativas, Mas Há Desafios Fortes

Publicado 19.02.2015, 07:00
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Diferentemente do seu antecessor, o Ministro Joaquim Levy demonstra ser realista ante os fatos e não procura fomentar previsões fantasiosas e pouco críveis.

Da mesma forma que falou da necessidade do dólar perder a sua artificialidade de preço, atitude incomum para um Ministro da Fazenda brasileiro, voltou a admitir ontem, em linha com as percepções do mercado financeiro e de grande parte dos analistas, que o país poderá ter PIB negativo em 2014 e também em 2015, mas não descartou o que até certo ponto é paradoxal pois dependente de crescimento e arrecadação, a convicção de que o superávit primário de 1,2% será factível até o final do ano.

Falou em término da política anticíclica tão enaltecida pelo Ministro Mantega, mas que apresentou baixos resultados e que acabou por se revelar distribuição de benesses.

O superávit primário é um dos objetivos que será rigorosamente monitorado pelas agências de rating ao longo do ano, pois o seu não cumprimento poderá determinar a perda do grau de investimento pelo país, o que seria drástico num momento em que revela carência de fluxos cambiais consistentes face à baixa atratividade aos IED´s dada a ausência de crescimento e frágil desempenho da balança comercial a exemplo do ano passado, como consequência da forte inversão dos termos de troca das exportações brasileiras com queda nos preços das commodities e a perda de competitividade da indústria exportadora.

O setor externo, as contas externas, deve ter desempenho ruim este ano, e o governo sabe disto, tanto quanto sabe que o dólar com preço ajustado poderá atrair dólares especulativos que poderão vir buscar rentabilidade na SELIC elevada, que embora de baixa qualidade, pois nada criam, podem aliviar temporariamente pelo menos parte da necessidade de fluxos positivos.

O BC precisa preservar as reservas cambiais que liquidamente são de US$ 350,0 Bi, já deduzidas as posições vendidas dos bancos que estão ancorando a necessidade de financiamento externo do país e que deveria ter sido zerado pelo próprio BC com a utilização das ditas reservas e precisa melhora de fluxos para atenuar a necessidade de utilização dos bancos e da elevação da oferta de swaps cambiais, que gradualmente podem perder a credibilidade que lhes é dado, embora não representem dólares efetivos, as reservas cambiais.

Por isso, o Ministro Levy vem insistindo em abertura para os investimentos em infraestrutura, a rigor o segmento que pode catalisar atratividade pelo país por parte de investidores estrangeiros.

Em nosso entender a SELIC ainda deverá ter altas além dos 0,50% esperados para a próxima reunião, pois a inflação está solta na economia e agora alavancada pela seca e falta d’água nos alimentos. A rigor deve se situar entre 7,50% a 8,0% este ano e inflação tendente ao centro da meta provavelmente somente em 2018 ou 2019.

Mas a despeito das boas intenções do Ministro Levy há o grande desafio de conquistar o apoio político da base de sustentação do governo que dá insistentes sinais de que será a grande opositora às medidas imprescindíveis para recuperação do país.

Ontem, a Grécia deu sinais de que pedirá a extensão do plano de resgate à Comissão Europeia, que deverá ser analisada pelos Ministros de Finanças da zona do euro. Se tudo sair como no “script” haverá uma trégua pelo menos por uns 6 meses.

Também na Ucrânia foi anunciado o cessar fogo na disputa remanescente que ainda resistia ao acordo entre as partes.

A ATA DO FOMC americano veio em linha branda sugerindo que a maioria dos membros do FED não tem pressa para elevar o juro, e houve também a divulgação de dados menos favoráveis da economia americana.

Retiradas estas três cortinas a que muitos atribuem a alta do dólar no Brasil, sobrará então o Brasil e suas mazelas, podendo quebrar o ânimo da especulação instalada no mercado de câmbio, fazendo o dólar recuar ao seu preço justo de R$ 2,80.

A evolução gradual para preço superior tenderá a ser consumado na medida em que ocorra a materialização das frustrações que certamente ocorrerá, principalmente em relação às contas externas e mesmo indícios primários críveis de que o superávit primário não venha a ser alcançado ou a oposição da própria base do governo se torne um obstáculo considerável ao próprio governo, que agora perdeu seu poder de barganha política com as decisões iniciais da nova Câmara Federal.

É absolutamente necessária a sensatez para que não ocorra precificação precipitada sem base fundamentalista.

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