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Matriz petrolífera pós-Guerra da Europa ficou mais diversificada e cara

Publicado 24.03.2023, 11:52
Atualizado 09.07.2023, 07:31
  • A Europa conseguiu diversificar suas fontes de petróleo, ainda que a um custo mais alto.
  • Arábia Saudita e EUA se tornaram fornecedores mais importantes do produto.
  • Sauditas também preencheram o vazio deixado pela queda de importações de diesel russo.
  • Já abordei em artigos anteriores como as sanções ao petróleo e aos produtos derivados da Rússia estão mudando a dinâmica do mercado. Essas análises focaram mais nos novos mercados que a Rússia conseguiu abrir para suas exportações petrolíferas.

    Na coluna de hoje, examinarei como as importações petrolíferas da Europa mudaram desde as sanções, bem como algumas das implicações geopolíticas disso. Os investidores devem ficar atentos à forma como os fluxos de petróleo e diesel estão mudando e como os mercados estão reagindo a tais mudanças.

    Em 2021, um quarto das importações petrolíferas da UE vinha da Rússia, seja por via marítima ou através do oleoduto de Druzhba. 10% vieram da Noruega, 9% dos Estados Unidos, 8% do Cazaquistão, 8% da Líbia, 7% do Iraque e 5% da Arábia Saudita e Reino Unido. Os 16% restantes vieram de uma variedade de outros produtores em porcentagens menores que 5%.

    Desde que as sanções foram implementadas, a UE diversificou bastante seus fornecedores de petróleo. No terceiro trimestre de 2022, a Rússia forneceu apenas 15% das necessidades de petróleo da região. Cabe ressaltar que as importações dos EUA aumentaram 12% e as da Arábia Saudita, 9%. A maioria das outras importações permaneceu praticamente a mesma, embora a categoria "outros" tenha aumentado para 24%.

    Apesar dessa diversificação maior, benéfica para a segurança energética da região, sua origem é muito mais distante. Isso acaba encarecendo o petróleo para os importadores europeus.

    Os Estados Unidos e a Arábia Saudita se tornaram participantes mais importantes no mercado petrolífero europeu, fazendo com que a região ficasse, ao mesmo tempo, mais vulnerável a mudanças na política energética e de perfuração daqueles dois países. A oferta dos EUA pode diminuir em 2023, porque as exportações petrolíferas do país em 2021 foram impulsionadas pelas liberações da Reserva Estratégica.

    É pouco provável que vejamos liberações similares neste momento. Uma das formas que a Europa tem de aumentar suas importações dos EUA seria através da aprovação de um projeto de lei proposto pelo senador Marco Rubio, proibindo exportações petrolíferas americanas à China. Neste momento, há poucos indicativos nesse sentido, mas se o sentimento americano contra a China continuar crescendo, tal proibição pode acabar se concretizando.

    As exportações de petróleo dos EUA para o Canadá caíram devido à maior relevância dos americanos para a Europa. O Canadá foi o principal destino do produto dos EUA no exterior desde 2015, quando uma lei que proibia as empresas americanas de vender para o estrangeiro foi extinta. Agora, o Canadá caiu para a quarta colocação.

    Não se trata necessariamente de algo negativo, mas as relações geopolíticas também podem se alterar sempre que a balança comercial muda. A Europa está agora mais vulnerável a preocupações políticas e militares no Oriente Médio, além de aumentar sua dependência aos EUA para garantir seus suprimentos de petróleo.

    Em relação ao diesel, as importações europeias do produto fabricado na Rússia registravam uma queda substancial desde que as sanções foram implementadas em 2023. Em 2021, o diesel russo representou 27% das aquisições europeias do produto.

    Agora, esse volume caiu para 2%. As importações de diesel da Arábia Saudita aumentaram enormemente, preenchendo a lacuna deixada por Moscou. As importações de diesel saudita para o noroeste da Europa aumentaram para 202.000 barris por dia (bpd) em fevereiro de 2023. As importações da China e da Coreia do Sul, que antes não forneciam muito diesel para a Europa, também cresceram, assim como as aquisições da Índia.

    É bastante provável que o petróleo usado para produzir esse diesel venha da Rússia, já que Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, China, Índia, Indonésia e Turquia importam o produto e o refinam em derivados, que posteriormente vendem para a Europa e outros países que não mais o estão comprando de Moscou.

    Isso é aceitável no âmbito da política das sanções e tende a crescer, já que nada indica que as sanções à Rússia serão removidas no futuro próximo.

    ***

    Aviso: A autora atualmente não possui nenhum dos ativos mencionados neste artigo. Publicado originalmente em inglês em 23/03/2023

     

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Últimos comentários

não tem jeito mesmo . podemos chamar isto de uma revasculização, a irrigação chega por outros caminhos.
Brincadeira, China, India e outros paises comprar petroleo russo com desconto, refinam e vendem para a europa.... que beleza... não mudou chongas nenhuma apenas aumentaram a poluição, para esse petroleo ficar rodando de um lado para o outro para no fim, chegar onde sempre chegou.... parabéns......
Burrice dos europeus que estão pagando mais caro em razão do transporte dos EUA à Europa e tb da Arábia Saudita, contribuindo ainda mais com a inflação. Esse é o jogo dos EUA.
Muito bom.
Ellen Wald como sempre impecável! Excelente artigo.
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