Passada uma semana onde os indicadores de atividade econômica provaram que ao menos o ciclo de cortes de juros tem mostrado resultado na economia real, o cenário agora se volta à TLP, com provável votação amanhã.
A perspectiva de equalização das curvas de juros por meio da retirada da “meia entrada” fornecida pelo BNDES é um ponto chave para a equipe econômica para dar sustentação ao afrouxamento monetário e principalmente, à redução do spread bancário.
Para a semana, os destaques mais relevantes são a coleta de impostos, onde projetamos um crescimento compatível com a melhora relativa observada no período e o IPCA-15, prévia da inflação oficial, a qual mesmo com pressão superior às medições anteriores, ainda dentro da média histórica para o mês de junho.
Outro destaque fica para o setor externo e os indicadores de conta corrente, onde mesmo o saldo positivo de balança comercial não deve evitar o déficit do mês, ainda compensado pela entrada de capital estrangeiro.
Atenção também aos diversos discursos de membros do FOMC durante a semana.
CENÁRIO POLÍTICO
A saída de Steve Bannon do governo Trump, considerado o maior apoiador da campanha do presidente e principalmente, diretor executivo do site de alt-right Breitbart News deu um alívio temporário aos investidores, porém as tensões na Casa Branca continuam.
O foco agora se volta à agenda econômica do republicano, com a maciça redução de impostos propostas e o pretenso plano de US$ 1 tri de parcerias público privadas, os quais ainda sofrem forte oposição em ambas as casas legislativas.
No Brasil, as atenções se voltam principalmente à votação da TLP a ser testada amanhã na câmara e o início das negociações relacionadas à reforma tributária, outro ponto importante para o avanço da agenda de reformas.
E o PSDB, segue mais rachado do que nunca.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros em NY operam em leve queda, com a agenda econômica de Trump no foco dos investidores. Na Ásia, o fechamento foi negativo na sua maioria, com mais uma movimentação da Coreia do Norte.
O dólar opera estável contra a maioria das divisas, após abertura positiva, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo nos 2 anos, estável nos 3 anos e em queda nas curvas mais longas.
Entre as commodities metálicas, o minério de ferro bate mais um recorde de alta nos portos chineses, puxando o restante do setor e o ouro sobe com a fraqueza do dólar internacional.
O petróleo abriu positivo em NY e em queda em Londres, por conta das condições restritas do mercado e a perspectiva de alta dos estoques americanos.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1472 / -0,89 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,009%
Dólar / Yen : ¥ 109,03 / -0,137%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,171%
Dólar Fut. (1 m) : 3154,50 / -0,91 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,82 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 8,45 % aa (-0,71%)
DI - Janeiro 21: 9,42 % aa (-1,05%)
DI - Janeiro 25: 10,29 % aa (-1,34%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,09% / 68.715 pontos
Dow Jones: -0,35% / 21.675 pontos
Nasdaq: -0,09% / 6.217 pontos
Nikkei: -0,40% / 19.393 pontos
Hang Seng: 0,40% / 27.155 pontos
ASX 200: -0,37% / 5.726 pontos
ABERTURA
DAX: -0,266% / 12132,79 pontos
CAC 40: -0,283% / 5099,66 pontos
FTSE: -0,011% / 7323,17 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 69568,00 pontos
S&P Fut.: 0,004% / 2426,90 pontos
Nasdaq Fut.: -0,056% / 5798,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,18% / 83,38 ptos
Petróleo WTI: 0,29% / $48,65
Petróleo Brent:-0,19% / $52,62
Ouro: 0,34% / $1.288,46
Minério de Ferro: 0,35% / $74,40
Soja: 0,23% / $17,77
Milho: -0,78% / $349,25
Café: 0,39% / $128,55
Açúcar: 0,82% / $13,52