Bom, até agora. Os nomes citados para postos chave na área econômica do novo governo não trazem grandes surpresas, mas são em grande maioria considerados positivos pelo mercado financeiro.
Os desafios econômicos de 2019 estão, ao menos no curto prazo, focados na questão fiscal, onde a conclusão da cessão onerosa tende a ajudar e muito a posição do próximo governo e na questão internacional.
Desde a perspectiva de um crescimento econômico mais modesto, o qual já tem afetado consideravelmente o preço de algumas commodities, como o petróleo, passando pela elevação de juros americanos, até uma série de externalidades em aberto como a guerra comercial entre EUA e China, o panorama internacional parece desafiador.
Em vista aos mais recentes dados econômicos brasileiros, as projeções de uma elevação de juros em níveis próximos a 8% tendem a perder força e somente uma reação mais crível da atividade pode dar razão para a retomada do aperto monetário.
Apesar dos dados retroativos não tão positivos, os proativos (pesquisas de confiança empresarial e do consumidor) apontam para um cenário mais interessante, em partes impulsionados pelo ânimo da alternância de poder no Brasil.
CENÁRIO POLÍTICO
O novo presidente tem se mostrado bastante atento aos anseios tanto de sua base parlamentar, quanto eleitoral no processo de escolha dos ministérios. Na área econômica, a muito devido ao comando de Guedes, as escolhas têm sido mais diretas e concretas.
Já no restante, os recuos parecem mais comuns, como no caso do ministro da educação e na composição de base com o DEM, ainda que enfraquecendo a figura de Rodrigo Maia.
Desde a estruturação das presidências das casas, até a composição das mesas diretoras, a vantagem eleitoral obtida tende a evitar a formação de uma oposição mais forte e de forças centrais que dificultem o avanço de pautas.
Os desafios, como sempre, são muitos, principalmente na ausência do presidencialismo de coalisão na sua essência.
Que assim mude.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em queda, com o feriado de ThanksGiving nos EUA e o Brexit.
Na Ásia, o fechamento foi misto, com a queda no petróleo.
O dólar opera em leve queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, com destaque para a prata.
O petróleo abre em queda, com o aumento dos estoques e produção americanos da commodity.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 2%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8042 / 0,18 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,210%
Dólar / Yen : ¥ 112,82 / -0,115%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,186%
Dólar Fut. (1 m) : 3811,41 / 0,66 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,59 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,97 % aa (1,01%)
DI - Janeiro 21: 7,92 % aa (0,25%)
DI - Janeiro 25: 9,63 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,24% / 87.477 pontos
Dow Jones: 0,00% / 24.465 pontos
Nasdaq: 0,92% / 6.972 pontos
Nikkei: 0,65% / 21.647 pontos
Hang Seng: -0,35% / 25.928 pontos
ASX 200: 0,44% / 5.716 pontos
ABERTURA
DAX: 0,477% / 11191,64 pontos
CAC 40: 0,533% / 4964,47 pontos
FTSE: 0,286% / 6980,23 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 87774,00 pontos
S&P Fut.: -0,140% / 2645,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,323% / 6555,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,46% / 82,25 ptos
Petróleo WTI: -2,56% / $53,23
Petróleo Brent:-0,81% / $62,09
Ouro: -0,46% / $1.223,02
Minério de Ferro: -0,03% / $74,86
Soja: 0,19% / $16,21
Milho: 0,14% / $361,75
Café: -0,32% / $109,50
Açúcar: -0,63% / $12,60