De extremos permanece o mercado local, das perdas na contramão do mercado internacional, à forte alta do Ibovespa ontem, o contexto de incertezas continua a alimentar tal volatilidade.
A melhor performance das commodities traz o alento para diversos ativos locais, após a aprovação definitiva da vacina da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) nos EUA, o que em tese levaria às pessoas reticentes a se vacinarem, melhorando novamente a perspectiva para a atividade econômica.
A primeira consequência deste cenário de wishful thinking, de otimismo exacerbado seria o aumento do consumo de commodities, para comportar a pretensa melhora da demanda.
Há sim um aspecto importante na aprovação da vacina junto aos órgãos de saúde, porém, diferente do que acontece no Brasil, por exemplo, o movimento antivacina em países como os EUA é muito forte e a questão de imunização ou não depende necessariamente da chancela de um órgão do governo.
Neste ponto é que reside o temor por um otimismo exagerado por parte dos investidores, de acreditar que a chancela melhora as chances de avanço na imunização, em especial com a série de erros e experimentação de diversos órgãos governamentais e internacionais de saúde.
A vacina sempre foi um tema polêmico em diversas localidades de países desenvolvidos, pois além da falta da tradição de imunização como no Brasil e mesmo a ausência de logística para tanto, o tema da “liberdade” e não interferência de governos acaba por pesar.
Para tal pensamento, a variante Delta, reforço de imunização como terceira dose, a desconfiança com as Big-Pharmas, dado o absurdo de preços cobrados no exterior só alimentam ainda mais a desconfiança no processo.
Ainda que em tese tudo isso pese, o Brasil e a redução neste momento para abaixo de 1 pela nona semana seguida na taxa de transmissão é a prova do potencial da imunização em massa, como ocorre atualmente.
Atenção hoje ao IPCA, o qual deve superar a taxa de julho pela continuidade das pressões como alimentos, habitação e combustíveis e pelos mesmos motivos, como câmbio, choque de oferta e estiagem.
Projetamos alta de 0,79%
Unem-se aos dados da coleta de impostos de julho, balanço de conta corrente e IED, IPC-Fipe semanal com alta de 1,40%, confiança do consumidor da FGV e nos EUA, pedidos de bens duráveis.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelo início do simpósio de Jackson Hole.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, após o fechamento positivo no ocidente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção minério de ferro e cobre.
O petróleo abre queda em Londres e Nova York, após dois dias de forte alta e por aumento dos estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,23%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,2476 / -2,47 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,068%
Dólar / Iene : ¥ 109,79 / 0,137%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / 0,000%
Dólar Futuros. (1 m) : 5256,52 / -2,39 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 7,92 % aa (-0,38%)
DI - Janeiro 23: 8,42 % aa (-0,82%)
DI - Janeiro 25: 9,59 % aa (-1,54%)
DI - Janeiro 27: 10,00 % aa (-1,86%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,3317% / 120.211 pontos
Dow Jones: 0,0865% / 35.366 pontos
Nasdaq: 0,5163% / 15.020 pontos
Nikkei: -0,03% / 27.725 pontos
Hang Seng: -0,13% / 25.694 pontos
ASX 200: 0,38% / 7.532 pontos
ABERTURA
DAX: -0,127% / 15885,68 pontos
CAC 40: 0,258% / 6681,52 pontos
FTSE 100: 0,209% / 7140,70 pontos
Ibovespa Futuros: 2,29% / 120815,00 pontos
S&P 500 Futuros.: 0,156% / 4482,50 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,088% / 15365,00 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -0,15% / 94,24 ptos
Petróleo WTI: -0,27% / $67,60
Petróleo Brent: -0,14% / $70,95
Ouro: -0,48% / $1.794,39
Minério de ferro: 2,86% / $160,07
Soja: -0,24% / $1.333,25
Milho: -0,28% / $542,25
Café: 1,86% / $183,30
Açúcar: -0,26% / $19,51