Brasil, Escócia, Reino Unido, EUA, França. Escolha o imbróglio político da vez.
Por aqui, a necessidade de reformas em meio a tal turbilhão político demonstra que os investidores acreditam que tudo deve passar, desde a reforma da previdência, até questões intermediarias como a trabalhista e mini tributária, tudo permeado à uma nova fase da Lava-Jato hoje.
Em meio à crise das carnes, a qual já começa a se minimizar gradualmente, os investidores reafirmam a perspectiva de que, incrivelmente, isto faz parte do parece ser um contexto normal no país e o apoio ao atual presidente continua inabalado.
No exterior, tanto o FBI quanto a NSA foram enfáticos quanto a intervenção russa na eleição americana e falta de provas para sustentar a acusação de Trump quanto aos grampos, no que se pode citar como o pior dia até agora na nova presidência.
Na Europa, o Brexit abre caminho para ocorrer, em meio a um possível referendo na Escócia para a saída do Reino Unido, evitando a saída da União Européia e pelo lado positivo, Macron parece ter feito um debate superior ontem contra Le Pen na França.
Tudo ao mesmo tempo, agora.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
Assim como nos EUA, o Reino Unido está à beira de um aperto monetário, em consequência à indicadores macroeconômicos positivos, mesmo com o processo de Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia) sendo deflagrado no dia 29.
Um destes indicadores é inflação ao varejo, a qual superou as projeções dos analistas e elevou o núcleo de 1,6% para 2% ao ano e o índice cheio para 2,3%, abrindo espaço para o aperto monetário. Isso já refletiu na abertura do mercado inglês.
Localmente, a agenda vazia mantém a perspectiva pela divulgação do IPCA-15 amanhã, onde mais uma vez a contração inflacionária mantém, em meio a tal turbilhão político, inalterada a possibilidade de cortes mais intensos de juros no Brasil.
CENÁRIO DE MERCADO
Em meio a um mercado que tem aguçado apetite pelo prêmio de maior risco, ignorando fatores políticos significativos tanto no Brasil (reforma da previdência na berlinda, questão das carnes, lista do Janot, etc) quanto no exterior (Brexit, comitê do congresso americano, com NSA e FBI apontando conluio com a Rússia, etc), abre-se um dia positivo nos mercados.
Na Europa, somente o FTSE 100 não apresenta alta, em consequência ao CPI acima das expectativas, o que aumenta a possibilidade de elevação dos juros no Reino Unido. Os futuros em NY têm alta consistente na abertura.
O dólar continua seu ciclo de perdas globais, indo para um dos menores patamares desde o início de fevereiro deste ano, com o rendimento dos Treasuries de 10 anos seguindo a mesma tendência de queda e se aproximando dos 2,45% aa.
As commodities metálicas tem queda generalizada, com o aumento da oferta de aço em portos chineses, enquanto o petróleo tem uma recuperação com a notícia de possível extensão dos cortes de produção pela OPEP.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,0724 / -0,62 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / 0,577%
Dólar / Yen : ¥ 112,51 / -0,036%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,129%
Dólar Fut. (1 m) : 3113,98 / -0,39 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,00 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,55 % aa (0,10%)
DI - Janeiro 21: 9,99 % aa (0,20%)
DI - Janeiro 25: 10,35 % aa (0,19%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,05% / 64.884 pontos
Dow Jones: -0,04% / 20.906 pontos
Nasdaq: 0,01% / 5.902 pontos
Nikkei: -0,34% / 19.456 pontos
Hang Seng: 0,37% / 24.593 pontos
ASX 200: -0,07% / 5.775 pontos
ABERTURA
DAX: 0,025% / 12055,96 pontos
CAC 40: 0,240% / 5024,21 pontos
FTSE: -0,117% / 7421,15 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 65372,00 pontos
S&P Fut.: 0,165% / 2374,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,194% / 5429,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,18% / 85,19 ptos
Petróleo WTI: 0,79% / $48,60
Petróleo Brent:0,91% / $52,09
Ouro: -0,12% / $1.232,71
Aço: -0,06% / $89,42
Soja: -0,02% / $18,93
Milho: -0,28% / $362,25
Café: 2,27% / $144,70
Açúcar: -0,62% / $17,24