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Mercados podem sofrer uma correção mais profunda? Tendências não mentem

Publicado 01.09.2023, 11:36
Atualizado 02.09.2020, 03:05
  • Apesar de um mês turbulento em agosto, o mercado segue firme.
  • Com o início de setembro, várias das mesmas pressões devem continuar.
  • Vamos analisar algumas tendências, a fim de avaliar os riscos atuais para os mercados.
  • O mercado acionário enfrentou grande volatilidade em agosto, mas alguns analistas consideram essa movimentação saudável.

    Após o forte rali deste ano, que levou os indicadores a apontar níveis de sobrecompra, o risco de uma reversão mais acentuada se tornou iminente no início do mês. Esse cenário foi exacerbado pela sazonalidade desfavorável e pela confluência de vários fatores macroeconômicos.

    No entanto, a boa notícia é que não há evidências de que isso seja o começo de um “bear market”. Ao contrário, parece ser uma correção “normal”, na qual as ações estão apenas consolidando os ganhos anteriores.

    Também vale a pena destacar o desempenho impressionante dos três principais índices desde o início do ano:

    Mas qual é a perspectiva para setembro?

    Relação entre opções de venda e de compra

    Ao examinarmos a relação entre opções de venda e de compra (put/call ratio), podemos ver que atingiu seu pico mais alto entre o final de 2022 e o início de 2023, sinalizando a cautela do mercado diante de possíveis quedas. No entanto, nos últimos meses, esse indicador apresentou uma tendência lateral-descendente, com valores raramente superiores a 1.  Isso significa que o volume de opções de venda supera o de opções de compra. Curiosamente, no último mês, o indicador se aproximou muito desse “limite”, sugerindo o surgimento de uma tendência de alta.

    Relação entre opções de compra e venda (Put/Call Ratio)

    De fato, esse indicador é uma medida confiável que divide o volume de opções de venda pelo volume de opções de compra, fornecendo informações valiosas sobre o sentimento do mercado e o potencial de alta ou baixa do mercado.

    Basicamente, o que estamos testemunhando pode ser classificado como uma correção, embora seja uma correção bastante comum. Uma queda de 3-4% em vários dos principais índices (com exceção do Hang Seng) não deve alterar nossa projeção ou abalar a confiança dos investidores. Contudo, muitos podem estar se perguntando se isso indica o início de um movimento descendente significativo nos mercados acionários.

    A verdade é que não podemos afirmar com certeza esse resultado a menos que níveis psicológicos específicos sejam rompidos e que tenhamos diferentes sinais de vários instrumentos financeiros.

    Títulos corporativos especulativos e treasuries

    Agora, vamos direcionar nossa atenção para a comparação entre o S&P 500, os títulos corporativos de alto rendimento (especulativos) representados pelo iShares iBoxx $ High Yield Corporate Bond ETF (NYSE:HYG) e os títulos do Tesouro dos EUA de médio prazo representados pelo iShares 3-7 Year Treasury Bond ETF (NASDAQ:IEI):

    Neste gráfico, estamos lidando com ações de empresas que não são muito sólidas e estão em dificuldades. Em períodos de medo e volatilidade, elas são as “primeiras” a serem vendidas pelos investidores. Atualmente, ainda estamos em uma fase de indecisão. A relação, que coloca os títulos de alto rendimento no numerador, está próxima das máximas de um ano, correspondentes ao período em que as ações caíram, marcando o fundo de outubro de 2022.  Reforçando a tese da indecisão, temos o mesmo spread que ainda mostra uma tendência ascendente, a favor de alto rendimento = alto risco, com volumes maiores de “venda” nos títulos do Tesouro dos EUA.

    Relação entre beta alto e beta baixo

    Em consequência, a rotação “defensiva” não está ocorrendo no momento. Para confirmar a continuidade da tendência (e a ausência de rotação), analisamos a relação entre o Beta Alto, representado pelo Invesco S&P 500 High Beta ETF (NYSE:SPHB), e o Beta Baixo, representado pelo Invesco S&P 500 Low Volatility ETF (NYSE:SPLV).

    Relação entre Beta alto Vs. beta baixo


    Entre março de 2020 e novembro de 2021, podemos observar um padrão distinto em que as ações seguiram uma tendência de alta consistente impulsionada pelos setores de Beta Alto (no numerador).  Nesse período, esses setores superaram os setores de Beta Baixo (no denominador).

    Contudo, à medida que avançamos por 2021 até a mínima do mercado em junho de 2022, observamos uma inversão significativa.  As empresas de Beta Baixo começaram a ter um melhor desempenho, aproveitando a incerteza econômica predominante. Essa mudança também se reflete no desempenho das empresas classificadas como de Beta Baixo.

    Após essa fase, ocorreu outra inversão acentuada, com os setores de Beta Alto ressurgindo e até se aproximando das máximas de março de 2021. Após essa fase, ocorreu outra inversão acentuada, com os setores de Beta Alto ressurgindo e até se aproximando das máximas de março de 2021.  Esse nível agora representa uma resistência psicológica que parece difícil de superar.

    Tecnologia vs. produtos básicos de consumo

    Agora, para concluir, examinemos a relação entre o setor de tecnologia, representado pelo Technology Select Sector SPDR Fund (NYSE:XLK), e o setor de produtos de consumo, representado pelo Consumer Staples Select Sector SPDR Fund (NYSE:XLP):

    Tecnologia Vs. produtos básicos de consumo

     

    O gráfico acima apresenta evidências convincentes das preferências de risco dos investidores. Após a mínima do mercado em dezembro de 2022, observamos uma mudança gradual das ações de commodities para as ações cíclicas e defensivas. Em vez disso, o capital fluiu em direção às ações de tecnologia de Beta Alto, consideradas “mais arriscadas”. Atualmente, a relação enfrenta uma resistência psicológica crucial referente às máximas registradas em novembro de 2021.

    Um sinal relevante, complementando a nossa análise, vem do coeficiente Beta. O XLK possui um coeficiente acima de 1, precisamente 1,05, indicando maior volatilidade, enquanto o XLP tem um valor abaixo de 1, especificamente 0,58, sugerindo menor volatilidade. Se ocorresse uma correção expressiva, isso poderia levar a um deslocamento de capital em direção a investimentos com betas menores. É muito provável que observaríamos uma reversão dessas relações.

    Conclusão

    Para concluir, é importante observar a mudança no índice P/L do S&P 500 nos últimos meses. Antes, o índice, com base nos lucros reportados nos últimos 12 meses, estava em torno de 30x. Agora, mesmo após uma correção modesta, o índice ainda está cerca de 55% acima de seu valor médio de longo prazo de 16x, equivalente a cerca de 25 vezes.

    Cabe reconhecer ainda que os múltiplos não podem aumentar indefinidamente.  Portanto, é razoável considerar uma possível reversão à média. Mas prever o momento dessa mudança já é outra história.

    O fato incontestável é que as ações caíram em agosto, o que aumentou o temor entre os investidores. Com setembro se aproximando, este mês pode trazer seu próprio conjunto de desafios e incertezas para lidar.

    Embora não possamos prever exatamente o que acontecerá, a indicação atual não parece apontar para um ambiente de alta propensão ao risco.

    (Tradução de Julio Alves)

    ***

    Aviso: Este artigo foi escrito apenas com fins informativos e não constitui qualquer solicitação, oferta, conselho ou recomendação de investimento, não tendo por objetivo incentivar a compra de ativos de nenhuma forma. Cabe lembrar que qualquer tipo de ativo é avaliado a partir de diversos pontos de vista e possui riscos; por isso, a decisão de investir e o risco associado são de sua inteira responsabilidade.

     

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A saga continua. Perspectivas boas de longo prazo, mas a decolagem foi adiada. Juros americanos e China não destravam a engrenagem mundial.
A eterna briga entre comprados e vendidos e que vai decidir oa preços dos ativos.O papel aguenta tudo.
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