Seguindo a linha em partes preconizada na ata da última reunião do COPOM, onde citou-se que os eventuais choques de ajuste nos preços relativos sofrendo apenas efeitos secundários, o CMN determinou a redução da meta de inflação para 3,75% aa até 2021.
Por parte das autoridades econômicas, cresce o ponto de vista que o atual cenário inflacionário é mais estrutural do que conjuntural e comportaria metas mais modestas de inflação, num contexto de juros normalizados em níveis mais baixos.
Ainda que positivo, o maior problema é que tal cenário inflacionário ainda não foi ‘testado’ num contexto de atividade economia realmente aquecida, portanto ainda é difícil precificar o quanto restritiva a meta se tornaria em um momento consideravelmente melhor do que o atual.
Sendo assim, a normalização de juros em níveis inferiores a dois dígitos ainda depende fortemente das reformas estruturais tanto citadas na ata do COPOM, as quais dariam sustentação, principalmente fiscal, a uma atividade econômica expansiva, sem a constante necessidade de financiamento da máquina pública.
CENÁRIO POLÍTICO
A decisão de Fachin de jogar ao plenário do STF o caso do ex-presidente lula hoje parece ser o movimento mais correto, em vista à soltura em massa promovida pela segunda turma ontem, revertendo inclusive decisões do plenário.
O corporativismo e um estranho ativismo invertido parece muito uma vendeta das esferas superiores contra as ações das inferiores, onde o ego ferido dos altos juízes não aceitaria a celeridade e resolução dada aos processos, que em seu provável ver, deveria sempre acabar em suas mãos para uma decisão derradeira e definitiva, mesmo que isso signifique inclusive a prescrição dos processos.
Neste embate interno do judiciário, as ações positivas contra a corrupção e os desmandos do país parecem esbarram em um muro burocrático, que no fim quer manter seus privilégios intactos.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY em queda, ainda com os desenrolares da questão sino-americana.
Na Ásia, o fechamento foi negativo pelo mesmo motivo.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, alta no ouro e minério de ferro.
O petróleo abre em leve alta em NY e em Londres, com a queda global de estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 3,7%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8019 / 0,72 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / -0,086%
Dólar / Yen : ¥ 109,87 / -0,173%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,121%
Dólar Fut. (1 m) : 3792,29 / 0,51 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,76 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,41 % aa (-1,52%)
DI - Janeiro 21: 9,39 % aa (-1,57%)
DI - Janeiro 25: 11,68 % aa (-1,27%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,64% / 71.405 pontos
Dow Jones: 0,12% / 24.283 pontos
Nasdaq: 0,39% / 7.562 pontos
Nikkei: -0,31% / 22.272 pontos
Hang Seng: -1,82% / 28.356 pontos
ASX 200: -0,03% / 6.196 pontos
ABERTURA
DAX: 0,109% / 12247,70 pontos
CAC 40: 0,168% / 5290,18 pontos
FTSE: 0,141% / 7548,54 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 71877,00 pontos
S&P Fut.: -0,410% / 2717,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,697% / 7054,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,40% / 86,89 ptos
Petróleo WTI: 0,84% / $71,12
Petróleo Brent:0,66% / $76,81
Ouro: -0,07% / $1.258,18
Minério de Ferro: 0,05% / $64,91
Soja: -0,73% / $16,37
Milho: 0,57% / $354,75
Café: 0,57% / $114,80
Açúcar: 0,33% / $12,14