Conforme citamos ontem, a realização de lucros perdeu força no contexto internacional, dadas as oportunidades surgidas com as fortes quedas dos últimos dias, porém isso não significou o fim da correção.
Os mesmos fatores que deram o tom das tensões dos últimos dias continuam, adicionados de resultados corporativos abaixo das expectativas, como de Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (Google) e Amazon (NASDAQ:AMZN), além dos problemas políticos nos EUA, com a chegada das eleições legislativas e o “MAGA Bomber”.
O ciclo de correção começa sim a dar sinais de cansaço, mas a tendência para os juros americanos de concentrar até os 3,25% ou 3,50% aa tende a pressionar o dólar em nível global, combinado com dados de atividade em diversas economias centrais indicando um crescimento mais modesto, em partes devido à guerra comercial.
Na temporada de balanços, temos a divulgação no exterior de Moody's, Colgate-Palmolive e Goodyear. No Brasil, Usiminas (SA:USIM5).
No contexto macroeconômico, as atenções se voltam ao PIB americano e resultado do governo central no Brasil.
A Rússia manteve os juros inalterados aos 7,5% aa.
CENÁRIO POLÍTICO
A entrevista ontem do diretor do Datafolha na GloboNews, após um enorme contorcionismo retórico, concluiu que não se pode considerar a diferença da última pesquisa como certa, na ausência de uma terceira pesquisa e ao mesmo tempo, que se pode considerar.
Ou seja, assim como o Ibope, que entrevistou 413 pessoas na capital de São Paulo e com margem de erro de quase 5 pontos colocou Haddad à frente de Bolsonaro, o DataFolha parece querer animar à torcida petista, de forma a ao menos reduzir a diferença do segundo turno.
O mercado continua mais atento às declarações de Paulo Guedes, como em relação à regra de ouro, formação de ministérios e da parte do PSL, das conversas com parlamentares como do DEM, do que em pesquisas.
Ainda assim, com exterior negativo, a pesquisa pode pesar nos mercados.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY operam em queda, com resultados corporativos e questões geopolíticas.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, seguindo as bolsas no ocidente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, queda, com exceção ao ouro e minério de ferro.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, com a perspectiva de aumento do estoque e redução de demanda.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 9%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7052 / -0,76 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,255%
Dólar / Yen : ¥ 112,02 / -0,356%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / -0,187%
Dólar Fut. (1 m) : 3700,64 / -0,68 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,86 % aa (0,59%)
DI - Janeiro 20: 7,47 % aa (0,95%)
DI - Janeiro 21: 8,40 % aa (0,48%)
DI - Janeiro 25: 10,19 % aa (0,39%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,23% / 84.084 pontos
Dow Jones: 1,63% / 24.985 pontos
Nasdaq: 2,95% / 7.318 pontos
Nikkei: -0,40% / 21.185 pontos
Hang Seng: -1,11% / 24.718 pontos
ASX 200: 0,02% / 5.665 pontos
ABERTURA
DAX: -1,600% / 11126,25 pontos
CAC 40: -2,013% / 4931,01 pontos
FTSE: -1,356% / 6909,15 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 84720,00 pontos
S&P Fut.: -1,034% / 2660,40 pontos
Nasdaq Fut.: -2,025% / 6786,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,49% / 84,30 ptos
Petróleo WTI: -1,23% / $66,50
Petróleo Brent:-0,96% / $76,15
Ouro: 0,23% / $1.234,99
Minério de Ferro: 0,24% / $72,22
Soja: -0,76% / $15,75
Milho: 0,42% / $362,50
Café: 0,74% / $122,30
Açúcar: -0,43% / $13,87