“Ao vencedor, as batatas”. Esta ainda é a situação do Brasil em vista aos juros reais mais elevados entre 40 economias relevantes no mundo.
Apesar da inócua discussão midiática entre alguns economistas sobre a relevância do ex-post, ex-ante, a verdade é que no fim, os juros reais têm o maior peso para determinar o custo do dinheiro na economia real.
Entretanto, mesmo tal situação no curto prazo não justifica, a meu ver, uma aceleração do corte de juros por parte do COPOM.
Quando comparado aos nossos pares internacionais, este é um ciclo robusto de afrouxamento monetário e acelera-lo nos levaria temerosamente a um contexto semelhante a 2011, ou seja, corte de juros respondendo a demandas políticas.
As inflações mais recentes e os indicadores de atividade econômica dependem hoje basicamente do Banco Central, com possibilidade limitada de estímulos de outras fontes, porém, devemos lembrar que ainda “em ajuste”, o governo pode gastar a mais a inflação de 2016 neste ano. Nada mal, dado o atual cenário.
CENÁRIO DE MERCADO
Entramos no terceiro dia de uma tentativa de correção de ativos “puro sangue”, ou seja, sem motivações externas ou mesmo, macroeconômicas, somente a correção dos ganhos recentes em diversos mercados mundiais.
Mesmo assim, o observarmos o movimento das bolsas de valores, a tendência continua de alta global, combinado com um dólar também valorizado, apesar da persistência do Real mais valorizado ainda.
Na abertura hoje, a Europa opera sem rumo concreto, com leve alta nos futuros em NY. O dólar continua em alta consistente, frente a maior parte das divisas e o rendimento dos US Treasuries responde com queda em todos os vencimentos.
O petróleo ganha força com a queda reportada nos estoques, enquanto o aço opera em leve alta e o cobre em queda.
CENÁRIO POLÍTICO
Aprovado Alexandre de Moraes, o governo agora deve lidar com a saída de Serra do ministério das relações exteriores, onde segundo interlocutores em Brasília estava fazendo um bom trabalho, porém “apagado” dos olhos públicos.
O retorno ao senado de Serra é um importante movimento neste momento, em vista à necessidade de aprovações polêmicas, como a reforma da previdência, entre outras no futuro próximo.
E o dia começa com mais uma operação, a 39ª da Lava-Jato, denominada Blackout, mirando no Rio de Janeiro, operadores financeiros do esquema de corrupção na Petrobras (SA:PETR4).
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,0646 / -1,04 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / -0,114%
Dólar / Yen : ¥ 113,18 / -0,115%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / 0,112%
Dólar Fut. (1 m) : 3080,94 / -0,54 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,98 % aa (-0,10%)
DI - Janeiro 21: 10,18 % aa (-0,29%)
DI - Janeiro 25: 10,44 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,67% / 68.590 pontos
Dow Jones: 0,16% / 20.776 pontos
Nasdaq: -0,09% / 5.861 pontos
Nikkei: -0,04% / 19.371 pontos
Hang Seng: -0,36% / 24.115 pontos
ASX 200: -0,35% / 5.785 pontos
ABERTURA
DAX: -0,061% / 11991,31 pontos
CAC 40: 0,167% / 4904,06 pontos
FTSE: -0,056% / 7298,14 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 69540,00 pontos
S&P Fut.: 0,072% / 2362,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,023% / 5352,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,26% / 87,78 ptos
Petróleo WTI: 1,36% / $54,32
Petróleo Brent:1,29% / $56,56
Ouro: 0,05% / $1.238,04
Aço: 0,23% / $87,48
Soja: -0,30% / $19,42
Milho: -0,07% / $370,75
Café: 0,57% / $150,05
Açúcar: -0,68% / $20,57