- Quando o assunto são tarifas, o mercado escuta — às vezes, com pânico.
- Mas com os 20.000 pontos funcionando como linha divisória para o Nasdaq, o próximo movimento pode ser decisivo.
- Estamos diante de mais um abalo passageiro da guerra comercial ou do início de algo maior?
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Com as tensões da guerra comercial dominando os noticiários, os mercados seguem sob pressão. O anúncio surpreendente feito por Trump ontem derrubou as ações nos Estados Unidos, com reflexo imediato nas montadoras europeias. Na manhã desta quinta-feira, os principais índices ainda operavam sob pressão, e as montadoras norte-americanas recuavam no pré-mercado — a General Motors (NYSE:GM) caiu 6%, enquanto a Tesla (NASDAQ:TSLA) subiu levemente. Já no fim da manhã em Londres, os futuros americanos e os mercados europeus tentavam esboçar uma recuperação.
A continuidade desse movimento de alta dependerá, em grande parte, das próximas declarações de Trump. Caso ele adote um tom mais conciliador, os mercados podem encontrar algum alívio. Do contrário, com o chamado “dia da libertação” se aproximando (2 de abril), o risco de deterioração persiste, o que torna improvável uma reversão sustentada do pessimismo atual.
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O cenário é dominado pela guerra comercial
Na quarta-feira, Trump assinou uma ordem impondo tarifas de 25% sobre importações de automóveis, acirrando a disputa comercial com o objetivo de favorecer a indústria nacional. A medida abre espaço para novas tarifas na próxima semana, incluindo o lançamento de tarifas “recíprocas” em 2 de abril — o que tende a intensificar tensões com parceiros comerciais relevantes. Trump mencionou possíveis tarifas adicionais sobre União Europeia e Canadá caso os blocos atuem em conjunto contra os interesses dos EUA.
Em paralelo, insinuou que pode suavizar tarifas contra a China, mas somente se Pequim colaborar no processo de transferência da operação americana do TikTok para controle local — movimento que reforça o caráter tático das negociações. Enquanto isso, os mercados seguem em alerta.
Na Europa, ações de montadoras despencaram após a decisão de Trump, alimentando receios sobre os efeitos econômicos da disputa. Investidores já vinham demonstrando cautela frente ao impacto sobre o crescimento global. Foi uma sessão dura para gigantes como Porsche (ETR:P911_p) e Mercedes-Benz Group, que podem sofrer perdas de até €3,4 bilhões com as novas tarifas, segundo estimativas da Bloomberg.
Análise técnica do Nasdaq 100 e ideias de trade
Tecnicamente, o cenário permanece delicado, mesmo com os futuros dos índices tentando se recuperar das mínimas. A forte correção de ontem levou diversos índices globais — incluindo o DAX alemão — a perder níveis importantes de suporte. Nos Estados Unidos, alguns suportes de curto prazo também foram rompidos, reacendendo a possibilidade de uma retomada da tendência de baixa iniciada em fevereiro, após um breve alívio nas últimas semanas.
No gráfico diário do Nasdaq 100 futuro, observa-se suporte relevante na região dos 20.000 pontos — um patamar técnico e psicologicamente importante. Essa zona já atuou como suporte e resistência no passado, além de coincidir com a linha de tendência de alta de longo prazo, rompida no início do mês e posteriormente recuperada. O nível também representa a mínima anterior ao rali pós-eleição, reforçando sua rele
vância.
Se o índice romper esse suporte com força, o próximo nível de atenção estará próximo de 19.735 pontos. Abaixo disso, a mínima da última sexta-feira, em 19.602, entra no radar, com risco de ativação de stops posicionados sob esse candle. A região de suporte entre 19.200 e 19.400, observada no início do mês, seria o próximo alvo técnico.
Do lado da resistência, os 20.143 pontos representam um nível-chave, correspondente à máxima da semana passada, quando o índice formou um padrão de barra interna no gráfico semanal, interrompendo uma sequência de quatro semanas de queda. Caso o preço não consiga sustentar acima dessa máxima, é possível que o mercado busque liquidez abaixo da mínima da semana passada, em 19.550 pontos.
Por outro lado, se os compradores conseguirem defender o suporte dos 20.000 pontos e a linha de tendência de alta, mesmo com o cenário conturbado da guerra comercial, isso indicaria intenção de retomada da valorização. Nesse caso, é plausível um novo teste da média móvel de 200 dias.
Considerações finais
Em síntese, os 20.000 pontos são o nível-chave: um rompimento decisivo para baixo seria um sinal de fraqueza, mas, se o suporte se mantiver, isso reforçaria uma leitura positiva de curto prazo.
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