A escolha do nome que seguirá o cargo de governança de uma estatal é sempre uma grande responsabilidade (desafiadora) para um novo governo. Dessa forma, é um fato que permanece em destaque para os investidores que acompanham a política.
As nossas grandes empresas estão se modificando e adequando-se ao padrão do presidente em exercício, Michel Temer. Nomes de sua confiança vêm substituindo e ocupando importantes cargos do mercado. O cenário é este para a Petrobras (SA:PETR4) e para o Banco do Brasil: e é claro que isso tem influência em como você deve investir seu dinheiro.
A favorita dos noticiários, Petrobras vem tendo sua presidência discutida desde o afastamento de Dilma Rousseff. O posto de Diretor-Presidente era ocupado pelo administrador Aldemir Bendine, desde a renúncia de sua antecessora Graça Foster, em fevereiro desse ano.
Os investidores que acompanham de perto a trajetória da estatal encontram-se sem saber do futuro da empresa. Pouco após a posse de Temer, o presidente em exercício indicou o antigo Ministro da Casa Civil do governo FHC, Pedro Parente, para ocupar o cargo de comando da Petrobras.
Desde então, seu nome ficou sob aprovação do Conselho de Administração até que no dia 30/05/2016, Bendine anunciou sua renúncia em reunião e comentou a escolha de Parente para ser o novo presidente.
As importantes mudanças relativas à empresa fizeram com que os investidores voltassem a acompanhar o papel PETR4 de perto. A exposição de investidores, dessa forma, aumentou e os movimentos se tornaram mais voláteis. Até a confirmação do novo presidente, o ativo respondeu com consecutivas quedas, representando recuo total de 11,03% em uma semana. A única reação positiva foi no exato dia da renúncia (30/05/16) que o papel preferencial fechou em alta de 1,8%, a R$ 8,38.
A situação do Banco do Brasil (SA:BBAS3) não é muito diferente. Com a mudança dos responsáveis pela economia, Henrique Meirelles, o novo ministro da Fazenda, anunciou os nomes que comporão sua equipe, incluindo do novo presidente do Banco do Brasil.
No dia 31/05/2016, foi publicado no Diário Oficial da União a exoneração do até então presidente Alexandre Corrêa Abreu, que ocupava a cadeira desde fevereiro de 2015. A publicação acompanhou também a nomeação de Rogério Caffarelli como seu substituto.
Caffarelli, que era membro da diretoria da Companhia Siderúrgica Nacional (SA:CSNA3) até o momento deixou a empresa para ocupar a presidência do Banco. Não é a primeira vez que ocupa uma posição estratégica no BB, o ex secretário-executivo do Ministério da Fazenda de Mantega, já foi Diretor-Presidente do BB Banco de Investimentos e do BB Leasing.
Entretanto, a mudança da direção não é o único fator que influencia o movimento do ativo. As ações BBAS3 sofreram grande queda desde que foi anunciado, no dia 24/05/2016, pelo presidente em exercício, a extinção do Fundo Soberano, o qual traz grande quantia das ações tratadas. Medida essa que diz ter objetivo a redução do endividamento público. No momento do anúncio, quase imediatamente, os papéis recuaram cerca de 4%.
Em reação ao fato, no dia 30/05, Meirelles anunciou que não há urgência para venda das ações do fundo. Sua fala fez com que os ativos do BB recuperassem fôlego após a queda brusca, fechando em uma alta de 1,74%. Para conseguir resultados positivos na Bolsa de Valores, sobretudo em cenários turbulentos como esse, é fundamental que o investidor siga de perto diversas fontes que o ajudem a investir seu dinheiro. Isso não significa apenas acompanhar as mudanças políticas e econômicas, mas todos os padrões técnicos, indicadores e análises que o mercado nos oferece!