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Nubank: O que está por trás do sucesso da empresa?

Publicado 16.06.2023, 10:05

Existe um conceito da física chamado “ponto de bifurcação”. Simplificando uma definição complexa, ele representa uma mudança dramática e súbita na trajetória de um sistema que estava em equilíbrio. Nesse momento, ele pode se decompor ou imergir em novos estados. A segunda opção foi o que aconteceu no mercado financeiro, na última década, com o surgimento dos bancos digitais, simbolizado aqui no Brasil pelo sucesso do Nubank (BVMF:NUBR33). 

Esse movimento foi a natural evolução do modelo de negócio dos “bancões” tradicionais, baseado no relacionamento dos gerentes com os clientes, que se sentavam à mesa de uma agência bancária e, entre um cafezinho e outro, faziam um novo “investimento” em títulos de capitalização.

Hoje em dia, a experiência do cliente bancário é bem diferente, pois acontece na palma da sua mão. Um número sem fim de opções de investimentos, agora sim, sem aspas, passou a estar acessível em poucos cliques, assim como todos os outros serviços que, antigamente, nos faziam perder tempo em filas nos bancos. A tecnologia online banking sacudiu um sistema bancário que estava em equilíbrio, com poucos — e gigantes — concorrentes.  

Agora, como a tecnologia já se tornou uma commodity compartilhada por todos os players desse mercado, o que fez a diferença, de fato, para que o Nubank conseguisse, em apenas dez anos, ter como cliente um em cada dois brasileiros que têm smartphones? 

A resposta a essa indagação passa pela observação atenta de aspectos centrais do sistema de gestão da organização. Desde o início da operação, um de seus fundadores, David Vélez, sempre enfatizou que o Nubank não é um banco e sim uma empresa de tecnologia que atua no segmento financeiro.  

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Tendo como fundamento essa visão, a empresa ancorou todo o seu sistema de gestão no uso intensivo da tecnologia para conseguir atender de forma superior as demandas de seus clientes. É imperativo, porém, entender que a tecnologia, por si só, não é capaz de gerar experiências extraordinárias. Ela é o meio para que isso aconteça. Sendo assim, a análise desse projeto deve expandir seus tentáculos para o entendimento de como a organização adaptou seus processos e pessoas para extrair o maior potencial possível da tecnologia em prol do negócio. 

Quando analisamos a arquitetura de processos da organização, observamos que todos os fluxos gerados pela empresa têm como propósito eliminar a fricção existente nas interações dos clientes com o banco. Ao compararmos a experiência de uso de clientes de bancos tradicionais com a oferecida pelo Nubank constatamos facilmente como este adota um processo que suprimiu todos os atritos possíveis, de modo a facilitar ao máximo a vida dos seus clientes.  

Uma evidência da virtuosa combinação entre tecnologia e processos adequados aconteceu quando da introdução do PIX pelo Banco Central. O Nubank foi o primeiro a estar preparado a oferecer esse serviço e até hoje sua participação na utilização desse modal de pagamentos é muito superior à representatividade da sua base de clientes: em abril deste ano, cerca de 40% das transações interbancárias com PIX passaram por seus sistemas. 

Enquanto as empresas tradicionais hesitaram (e algumas continuam hesitando) em oferecer essa facilidade a seus clientes, já que a adesão ao PIX implica impacto importante na geração de receita de serviços, o Nubank entendeu que prover essa experiência gera maior satisfação em seus clientes, que utilizarão com mais frequência seus serviços, aumentando seu ticket médio. 

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Processos e tecnologias não funcionam, contudo, se não forem adotados adequadamente por pessoas, tanto no seu papel de colaboradores quanto clientes. A importância das pessoas no sistema de gestão do Nubank esteve presente desde o início de sua operação e pode ser evidenciado pelo fato de, mesmo estruturando uma operação com alto nível de automação, que não conta com uma agência física sequer, a empresa optou por ter uma central própria de relacionamentos com o cliente.  

Um dos princípios do negócio, desde sua fundação, foi o de ter clientes fanáticos pela empresa. Seus fundadores entenderam que haveria o risco de não atender a esse objetivo com um negócio 100% digital que apresenta desafios importantes na conexão com seus clientes. Em adição à utilização da tecnologia para incrementar a experiência do cliente, extraindo toda fricção no processo, a empresa investiu em fortalecer esse relacionamento por meio de uma central de atendimento pautada pela informalidade e proximidade, com larga utilização de tecnologia como facilitadora desse processo. 

Diversas pesquisas têm sido publicadas apontando os altos níveis de satisfação dos clientes com a empresa e um dos indicadores que mostra essa dinâmica, na prática, é que 70% dos novos clientes do Nubank são adquiridos pelo “boca a boca”, ou seja, são indicações espontâneas, mitigando os investimentos em marketing.  

Todo esse sistema de gestão só se sustenta se a conta fechar. Os lucros reportados nos últimos trimestres são resultantes de um custo operacional baixo. Estimativas dão conta que esse indicador no Nubank é 85% inferior ao das empresas tradicionais do setor. Um dos aspectos centrais que suporta esse índice é o fato da organização ter a já citada base de 80 milhões de clientes sem ter uma única agência física, o que elimina parte expressiva da composição de despesas com ativo imobilizado e pessoas.  

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Ainda existem desafios importantes para a evolução da organização, como a evolução do ticket médio e da renda de seus clientes; as dificuldades de manter a cultura e agilidade em uma organização cada vez maior; os obstáculos para vender novos produtos e serviços para a base instalada, dentre tantos outros. No entanto, as evidências quanto ao futuro do negócio vão se consolidando cada vez mais e mostrando que, ao que tudo indica, o fenômeno Nubank não se trata de uma estrela cadente que, da mesma forma que surge e causa impacto, desaparece instantaneamente.  

O projeto é uma realidade e a busca incessante por motivos que indicariam o insucesso do negócio — que tanto caracteriza muitos líderes incrédulos com a sua própria perda de representatividade — deveria dar espaço a uma análise agnóstica que visa trazer insumos para a concepção de uma nova forma de organizar uma empresa em um segmento tão tradicional e representativo quanto o financeiro.  

Em tempos de mudanças, o maior risco não é a mudança em si. E, sim, agir com a lógica do passado. Está aí uma visão que traduz muito o risco da negligência de ignorar a evolução desse projeto.  

Últimos comentários

Extrema competência!
Tecnologia, nos outros cartões são dois dias para aparecer a compra. No nubank é instantâneo. Tinha um cartão que tinha que pagar para me avisarem que o cartão passou.
Eu penso com a lógica do passado, que me diz que um banco ganha dinheiro ofertando crédito com escala e dentro de um universo de risco adequado. Analisando as demonstrações contábeis (que coisa mais retrógrada), não vejo que a referida instituição tenha atingido nem escala de produção de crédito, tampouco ajustado seu balanço de riscos, razão pela qual saiu do vermelho há bem pouco tempo, apresentando ainda retornos recorrentes bastante modestos em relação ao mercado e ao tempo que levou para conseguir este feito, período no qual queimou bastante capital de investidores e remunerou muito bem, dentro do padrão dos retrógrados bancos rentáveis, seus executivos. Mas quem sou eu na fila do Parigi para criticar um artigo escrito por um dos maiores especialistas do Brasil em gestão empresarial. Deixo aqui meus sinceros pedidos de desculpa...
fala a verdade vc é gerente da concorrência que oferta consórcio pro povão desavisado
otimo bamco,agora os pés de chumbo do passado ficam realmente incomodados...quem se importam com eles?
Muito ruim esse banco. Ficam mais preocupados com a agenda progressiste do que com o cliente. Era um parto conseguir resolver um problema. Clonaram o meu cartão físico, comprar créditos para o tal de Roblox, eu pedi o cancelamento, e foi quase seis meses para estornarem. Cancelei tudo e não volto mais.
Quanto o Nubank te pagou pra fazer essa matéria? Pra mim essa não é a realidade.
pois é, tudo muito fácil mesmo, minha mãe caiu no golpe do bilhete e adivinha pra qual banco o bandido transferiu 100k das suas economias da vida inteira > NuBank. q desgraçados! daí o dinheiro deve mesmo ter desaparecido como uma estrela cadente depois ...
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