Garanta 40% de desconto
💰 Tenha ideias profissionais de carteiras de investidores superbilionários no InvestingProCopiar carteira

Não Podemos Colher Frutos Antes de Plantar as Árvores. Há Precipitação

Publicado 16.01.2015, 07:00

Há um movimento precipitado por parte de alguns segmentos do nosso mercado financeiro, que, por vezes, nos parece confuso ou meramente oportunista e especulativo que está forçando a precificação dos ativos com base na credibilidade da nova equipe econômica.

As economias mundiais, com exceção da americana que emite sinais de recuperação, estão com perspectivas desalentadoras, e, não podemos e não devemos perder o foco de que o Brasil está entre as mais frágeis, tendo como causas o equivoco que o levou a adotar políticas absolutamente erráticas.

Temos muito a fazer desafiadoramente para repor o país “nos trilhos”, mas por enquanto temos uma nova equipe gestora da economia com amplos anseios propositivos e uma sagacidade tributária robusta ante a impossibilidade de cortes nos gastos de governo de forma mais intensa visto que grande parte é de natureza mandatória.

Os nomes inspiram confiança, mas credibilidade dependerá dos resultados futuros e não dos anseios presentes.

É preciso ter sensatez nesta fase para que não se comemore com impactos nos preços dos ativos antes que existam sinais mais consistentes de viabilização das ideias e sucesso no alcance dos objetivos.

Ainda deve estar na lembrança de todos que a busca voraz da Europa pelo ajuste fiscal a qualquer custo acabou por aprofundar a estagnação e/ou recessão, frustrando todas as expectativas.

No Brasil, já há quem veja sinais de recessão em 2015 se tudo for feito efetivamente como vem sendo propagado, o que pode determinar gastos maiores do que as receitas, podendo aumentar o foco das agências de rating em torno do país, agravando o risco de perda do “grau de investimento”.

“Neste aspecto é relevante observar certas menções realizadas pela Diretora Geral de ratings soberanos da agência S&P, economista Lisa Schineller reproduzida em matéria do jornal Valor Econômico. Sobre o rating do país destacou que é estável, destacando que a agência vê perspectivas de melhora ou piora igualmente equilibradas. Destaca que a nova equipe está sinalizando mudanças, mas que houve uma longa deterioração na credibilidade da política macroeconômica, enfatizando que além dos sinais da equipe econômica, também é importante que haja apoio da classe política mais ampla ao longo do tempo, considerando fundamental para garantir a execução de medidas que, num primeiro momento, podem afetar o crescimento. Destacou que a S&P espera ver resultados concretos das medidas anunciadas pelo governo e também, que o cenário externo hoje é mais adverso ao Brasil. Lembrou que os preços de commodities estão em baixa e há a incerteza sobre os juros americanos. Afirmando que neste cenário é fundamental ajustar a política macroeconômica.


Segundo ela, desvios da rota de ajuste ou a falta de uma resposta a um eventual choque que afete as contas públicas ou as contas externas do país podem levar a uma eventual mudança no rating. E lembrou ainda, que as perspectivas para o crescimento e o cenário das contas públicas estão numa situação mais complicada, do que quando houve o rebaixamento do rating brasileiro, indicando que o ponto de partida da economia piorou.”


A análise da economista da S&P nos pareceu reproduzir o pensamento do mercado global e seus investidores em relação ao Brasil, pois puramente técnica, sem excessos e abrangente alcançando os pontos mais relevantes.

Não há como conceder o benefício da dúvida e atribuir, de imediato, credibilidade ao país pelas boas intenções manifestadas pela nova equipe econômica. Há um enorme desafio à frente e as diretrizes que estão sendo propagadas podem obter sucesso ou não, o tempo dará evidência, então serão possíveis conclusões sustentáveis.

Com o governo no seu estágio inicial ainda é cedo para se ter uma visão mais abrangente sobre o todo das mudanças, e, ainda levará algum tempo para se ter a convicção de que a equipe econômica terá apoio político irrestrito da Presidenta e do Congresso onde a base de apoio do governo é extremamente fragmentada.

Evidentemente podem ocorrer resistências até insuperáveis para medidas mais duras contrariando interesses presentes.

Num cenário em que a economia pode tender à recessão, inflação deve permanecer elevada refletindo os ajustes dos preços relativos da economia, incluindo os administrados, e novo impacto de elevação de tributos, juros elevados, etc... não se pode ser entusiasta em relação a 2015.

Por isso, carece de fundamento qualquer apreciação do real que contrarie a consistente e fundamentada tendência de apreciação do dólar no nosso mercado, face o cenário que deve envolver o país ao longo de 2015 e as perspectivas ruins para o setor externo.

Aos mais entusiastas com a apreciação do real face à credibilidade da nova equipe, fica uma indagação:

CADÊ O FLUXO CAMBIAL?

TODOS OS INDICATIVOS EM PERSPECTIVA APONTAM TENDÊNCIA DE PIORA DOS FLUXOS DE RECURSOS EXTERNOS NESTE ANO DE 2015!

Ontem, corroborando este sentimento, o IIF Instituto de Finanças Internacionais preconizou que o fluxo privado para emergentes deve cair novamente em 2015, ao mesmo tempo em que também evidenciou percepção de que o Brasil continua vulnerável a um aumento da aversão ao risco.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.