A Saga da Petrobras Parte III – A Escolha
Até aqui você tem visto uma empresa envolvida em escândalos e desvios de recursos.
Uma empesa que atingiu o ápice do endividamento – é a empresa não financeira mais endividada no mundo.
Uma diretoria que há anos dá as costas para o mercado financeiro e para os minoritários.
Uma gestão que criou mais um instrumento de política monetária, obrigando autores a alterarem os livros de economia.
Se você perdeu a Parte I dessa saga você pode ler clicando aqui. Para a Parte II clique aqui.
Eis que finalmente uma luz no final do túnel se acende com a troca da diretoria e a possibilidade de uma maior aproximação entre empresa e mercado, melhorando a Governança Corporativa e administrando para o acionista.
Governança o que? – indagou alguém do Planalto.
Para inicio de conversa o nome do novo presidente da maior? estatal brasileira é anunciado no meio do pregão. Claro que vazou antes da abertura, mas oficialmente foi confirmado pela Petrobras com os negócios em andamento.
Maravilha de Governança! – Governança? Indaga novamente alguém do planalto.
O nome do escolhido, há tempos, pela Presidente é o Sr. Aldemir Bendine, aprovado pela maioria do conselho, claro. Ele também terá um assento no conselho.
Bendine não era especulado pelo mercado. Era um surrealismo que o mercado financeiro preferia não imaginar. Procuravam-se nomes mais técnicos e menos, digamos alinhados com a política que dilacerou a estatal.
Ficou muito evidente que a escolha teve influencia direta da presidente. Talvez alguém de sua confiança.
O nome não é positivo, não significa nenhuma alteração de rumo na estatal. Denota que o Planalto não quer abrir mão da ingerência.
Vale lembrar que Bendine assumiu o Banco do Brasil em 2009 para baixar na marra os juros e assim aumentar o volume de crédito na época. Era a então politica do “vai na marra” encunhada pela então Presidente Dilma.
Esse Bendine é o mesmo do empréstimo de R$2,7 milhões, através do Banco do Brasil, a uma socialite sem a capacidade financeira, além de já não ter pago um empréstimo anterior, ao mesmo Banco do Brasil.
Só lembrando que o Banco do Brasil, assim como a Petrobras, é também uma empresa de economia mista com ações em bolsa.
Nesse contexto que o mercado hoje se apoia e derrete com as cotações da Petrobras.
A ingerência continuará.
A governança passará longe.
Os minoritários continuarão sofrendo.
Gustavo Lobo é analista de ações.
Autor do Ebook Os 7 Pilares do Investidor de Sucesso que você pode efetuar o download gratuito clicando aqui!