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O Dólar Tende a R$ 2,60.

Publicado 12.11.2014, 07:30

O dólar tende a R$ 2,60. Gestão diferente ideal é vista com ceticismo.

É crescente a percepção da necessidade fundamental do governo reeleito fazer-se diferente nesta nova gestão, para almejar redimir-se de erros recentes cometidos na economia e dar à mesma uma nova dinâmica que permita a retomada do crescimento.

Contudo, fazer-se diferente implicará em abrir mão de práticas contumazes nos últimos 12 anos, quais sejam utilizar o preço do dólar depreciado como antidoto coadjuvante à taxa SELIC para combater a inflação gerada em grande parte pelos gastos excessivos do governo.

Neste ponto há dúvidas e a visão menos otimista é que vem gradualmente alavancandoincertezas dada a ausência de convicção de que o governo conseguirá alterar tão expressivamente sua gestão.

Esta dinâmica levou a indústria brasileira ao desânimo pelos investimentos imprescindíveis provocando a ocorrência da desindustrialização que acabou por conduzi-la a um estado de deterioração, fazendo-a grande importadora dos insumos e bens semiacabados dada a expressiva diferença favorável dos importados.

Provocou o crescimento pífio em torno de zero em 2014, inflação alta, superávit fiscal deteriorado, etc, etc....

É preciso romper a pratica de elevação da taxa SELIC e utilização de estratégias adicionais para apreciar a moeda nacional e a colocar a serviço da contenção das pressões inflacionárias.


Esta prática, afora outras conhecidas de todos, conduz o país a um contexto em que mantém os seus gastos sempre em dinâmica crescente e onerando o Tesouro com o custo excessivo representado pela taxa SELIC, que na ponta atrai em maior monta capitais estrangeiros especulativos improdutivos e ajuda o BC a manter a moeda americana depreciada.

É preciso fazer diferente. Ao invés de elevar o juro o governo precisa gastar menos e com isto conter as eventuais pressões inflacionárias advindas de um preço mais elevado da moeda americana que, contudo, tem a capacidade de revitalizar o nível de atividade da indústria nacional, estimulando os investimentos para que se torne mais produtiva e competitiva aqui e no mercado externo, passando a gerar emprego e renda, atualmente sob a ameaça de recrudescimento dado o baixíssimo crescimento do país.

Com a retomada do crescimento num ambiente de maior atividade na economia, o superávit fiscal deve ocorrer de forma consequente, permitindo que tenha capacidade para investimentos na infraestrutura reduzindo assim parte do “custo Brasil”.

Gastos menores do governo, maiores superávits, taxas de juros menores, dólar com preço mais elevado, inflação mais contida, etc tem sido reivindicações contumazes dos inúmeros porta-vozes da economia brasileira. É possível? Sim, mas é relevante que os setores produtivos da economia invistam mais recursos próprios ou os captem nos inúmeros organismos internacionais, agindo por conta própria e não somente contando com o beneplácito do BNDES, sendo necessário que os bancos estabelecidos no país criem instrumentos de financiamento à longo prazo e não sejam tão somente financiadores da divida publica.

O governo tem um longo e grandioso desafio, mas é necessário que o sistema financeiro atue de forma diferente concedendo financiamentos de longo prazo e o setor produtivo industrial envolva seu capital e dos seus acionistas/sócios mais pontualmente nos negócios.

Claro está que o governo e os setores produtivos da economia precisam envolver-se mais diretamente na recuperação do Brasil, mas assim como são crescentes as dúvidas de que o governo consiga mudar o modelo, também não são merecedoras de otimismo que o setor produtivo procure recuperar-se num ambiente melhor por sua própria iniciativa e sustentação dos investimentos.

Por isso, prevalecem as dúvidas sobre a capacidade de o governo fazer um movimento reversivo brusco nas diretrizes de sua economia, pois na realidade incluem também os setores produtivos da sua economia, e há uma sustentável percepção de que ambas as partes serão incapazes de alinhamento com este objetivo, visto que deverão ocorrer mudanças que naturalmente irão conflitar interesses e a tendência é de que cada um queira manter os seus intactos.

Desta forma, é crescente a convicção de que independente de nomes do staff de comando da economia se tenha na prática “mais do mesmo” e este fato poderá tornar mais desafiadora a redenção do país, podendo haver, inclusive, uma redução significativa do interesse de investidores estrangeiros em conta capital pelo país, dada a dificuldade de superação do estado letárgico da economia brasileira.


O preço da moeda americana é indicativo mais sensível ao “status quo” do país, e é bom lembrar que o preço atual já envolve a estratégia da “compra de credibilidade” para sustentação do preço atual da moeda nacional realizada com os swaps cambiais, o que deixa a sua formação à mercado com grande potencial de elevação se tudo continuar sendo feito de forma igual.


Nos Estados Unidos cresce de forma acentuada a convicção de que a elevação do juro pelo FED ocorra antes dos demais BC´s, percepção que também vem sendo evidenciada de forma indireta pelo mercado de ouro que tem colocado o ativo em queda. Este é um fato que o Brasil precisa manter no radar como perspectiva efetiva e que causará impactos no nosso mercado de câmbio, na medida em que influencia a saída de recursos estrangeiros do país.

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