Ontem, o mercado viu uma situação não vista há 20 anos. O euro ficou cotado abaixo do dólar. A moeda única europeia responde por cerca de 57% da cesta do índice DXY, e sua queda de 1% automaticamente empurrou o índice do dólar para cima.
O euro está pressionado pela crise energética que pode levar a Europa a uma recessão forte.
Hoje. saem indicadores importantes na Europa. O PMI, se vier fraco, pode estabelecer o euro abaixo de US$ 1, mas firmemente. Eu escrevi o artigo antes deste índice sair... rsrs.
Enquanto isso, nos EUA, o Fed afirma que continuará apertando a política monetária. O simpósio de Jackson Hole será uma oportunidade de Jerome Powell convencer o mercado dos próximos passos do Fed.
O real beneficia-se em parte por causa dos preços mais altos das commodities, que nos países desenvolvidos significa mais inflação. Aqui, também somos ajudados pelo diferencial de juros, que funciona como um amortecedor a pressões cambiais.
Ontem, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,164 para venda. E o euro fechou o dia cotado a R$ 5,127 para venda.
E, do outro lado do mundo, a China voltou a cortar taxas de juros. E o real é a moeda mais sensível a quedas nas expectativas para o crescimento econômico chinês e nos preços das commodities. A moeda brasileira está ainda entre as mais vulneráveis à queda do euro para 0,95 dólar e a um cenário de Fed duro no combate à inflação.
A volatilidade será certeira nos próximos meses, até as eleições (inclusive no mês de outubro).
E para hoje cedo, o pronunciamento de Panetta do BCE, neste momento vamos ver o que dirá sobre inflação, recessão e a situação do euro. No final da manhã, a confiança do consumidor europeu. Nos EUA, veremos os PMI de agosto e as vendas de casas novas de julho.
Boa sorte aí, galera! Força, Brasil!