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O Imbróglio Petrobras

Publicado 22.02.2021, 15:38
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Não é novidade para ninguém que a Petrobras (SA:PETR4) sempre esteve no foco de todos os últimos presidentes da República, e quase sempre pelo lado negativo. Fazendo um sobrevoo nisso, diríamos que o presidente FHC terminou com o monopólio da companhia e seu sucessor surfou na onda do pré-sal e desenvolvimento do segmento de óleo e gás no país, mas começaram também os saques na companhia. A gestão da presidente Dilma foi caótica, mudando o regime dos leilões de campos e com saques ainda maiores (lembram da refinaria de Pasadena?). No final de seu mandato, a empresa estava quase quebrada. Dilma e seu ministro trapalhão seguraram os preços internos dos derivados com objetivo de manter a inflação baixa e reduzir artificialmente a taxa de juros básica.   

Lembramos que o mesmo motivo que teoricamente sacou Roberto Castello Branco da presidência da empresa, já tinha provocado a saída do presidente anterior Pedro Parente, em função da convergência perversa de petróleo em alta no mercado internacional, e dólar valorizado em relação ao real.

Não sabemos os motivos que levaram Bolsonaro a “demitir” o presidente da Petrobras na última sexta-feira, 19/2. Porém, avaliando a gestão de Castello Branco e seus diretores, diríamos que foi bastante positiva. Nessa passagem, a empresa ajustou seu balanço para impairment (Parente também havia atuado), reduziu nível de alavancagem e endividamento, focou nas áreas em que é mais competitiva (prospecção e extração, principalmente em águas profundas), registrou ganhos de produtividade, contrariou números de empresas externas, atuando com quadro de pessoal.

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Ou seja, atuaram diligentes na gestão de uma empresa que tinha sido sistematicamente canibalizada. Desconhecemos se houve desinformação entre Bolsonaro e Castello, lembrando também o episódio ainda não ultrapassado com o presidente do Banco do Brasil (SA:BBAS3) na virada do ano. A imprensa especula sobre a empresa ser acionada para fazer anúncios em redes ligadas ao presidente, mas não podemos apurar isso.

O fato que centramos aqui, é que vinha sendo bem gerida e obtendo resultados para os acionistas, inclusive a própria União. Nesse ponto, cabe lembrar que a Petrobras é uma empresa com ações espalhadas no mundo e no mercado local e o Conselho de Administração e Diretoria deve prestar contas a todos os acionistas sem interferência do controlador, quando a gestão for positiva, como de fato era.  Vamos esquecer também algumas manifestações que circulam nas redes de associação dos engenheiros da empresa. Onde estavam esses senhores enquanto a empresa era vilipendiada? Essa técnica de desconstrução já funcionou com Moro, Mandetta, Teich; e outros que foram afastados do governo.

Só que agora, a repercussão internacional é enorme. Os investidores começam a questionar países emergentes endividados, quando as taxas de juros começam a mostrar sinais de que podem subir. Certamente, diante dessa atitude, o prêmio de risco para investir e/ou emprestar ao Brasil se elevou, claramente prejudicando toda a economia, empresas, emprego e ajuste fiscal. O dólar que o Bolsonaro se disse incomodado pode ampliar alta, e os juros subiram. Além disso, todo o processo de ajuste e de reformas fica um pouco contaminado, assim como outras demandas importantes e até a autonomia do Bacen.

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A situação ainda é muito recente e os mercados ficaram “irritadinhos”, como fala Bolsonaro. Mas também vai prejudicar o ingresso de recursos externos no país capitalizando empresas, as vendas de refinarias que estavam sendo negociadas e capitalização de empresas, no geral, que poderiam ajudar a reduzir o elevado desemprego e a qualidade baixa do emprego. Sem contar a possibilidade de processos abertos no exterior contra a empresa por investidores que se sentirem prejudicados.

Isso nos faz lembrar um ditado que diz: “devagar com o andor que o santo é de barro”.

Últimos comentários

👏👏👏👏👏👏👏👏
Análise prudente e realista, como de costume do autor.
Se depender da boa intenção de investidores, o país acaba. Muita especulação. O que leva o país pra frente é preparo do povo, geração de riqueza e não investidor especulador.
Ótimo artigo !
Desconstrução de uma empresa e do País! Sem ser partidário, será mesmo que são os inimigos? Senão eles mesmos.
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