Desde que o BC (Banco Central) apostou na queda de juros básico (Selic), houve muita controvérsia quanto ao output dessa decisão. Por um lado, alguns gestores e economistas criticaram a medida pelo fato de que nenhuma empresa buscaria um empréstimo, ou busca de capital para crescer justamente no meio de uma pandemia. Na visão contrária, uma taxa de juros menor impulsionaria a economia.
Esse segundo viés de pensamento veio a se concretizar. Com os juros baixos papéis de renda fixa estão rendendo cada vez menos, com isso à uma migração de investidores que passam a alocar seu dinheiro em mercados de renda variável. Além disso a ideia de se manter um juros baixo, assim como nos países desenvolvidos, é fazer com que economia interna se desenvolva. Quando o Real fica desvalorizado em relação ao dólar a ideia é que o país passe a exportar mais do que importar, gerando esse aquecimento da economia além de fazer com que o valor das empresas listadas em bolsa suba.
Um medo que os países, de um modo geral, tinham era a temida segunda onda de infectados pelo Covid-19. Temos visto que o distanciamento social e uso de máscaras e medidas preventivas tem se mostrado bastante eficiente contra essa segunda onda. No Brasil uma notícia ainda mais promissora, sendo o país escolhido para testar a eficácia de uma vacina confeccionada pela Faculdade de Oxford da Inglaterra. No cenário político, a expectativa com o Brasil não era das melhores, porém teve uma leve e recente melhora. Diante desses fatores o investidor externo começa a olhar novamente para o Brasil pouco a pouco. Um exemplo é a captação de tesouro brasileiro que captou US$ 3,5 bi no exterior, uma demanda muito mais alta que o volume pretendido.
Outro ponto importante é ver os países ao redor do mundo começarem a retomar suas economias aos poucos e a expectativa de que o pior já ficou para traz. Nos EUA, por exemplo, havia uma expectativa de queda de empregos em cerca de 7 milhões e o que aconteceu foi justamente o contrário, novos empregos foram criados, 2,5 milhões de novos empregos. Por tanto com tudo que vem acontecendo no cenário externo e interno a bolsa, que costuma acompanhar as bolsas mundiais, já retomou boa parte de sua queda, mais de 18% apenas em maio e continua subindo.