A inflação continua no foco dos investidores, dos banqueiros centrais e dos governos, em meio aos desafios das políticas monetárias, num mundo à beira de um crescimento econômico fraco e ainda dominado pela geopolítica.
Nos EUA, a expectativa de um CPI cheio de 0,5% e núcleo de 0,4% se unem à série de dados do mercado de trabalho trazendo preocupação à autoridade monetária e ao governo, dada a dificuldade em se debelar a escalada de preços.
As deflações recentes no mundo foram fortemente marcadas pela queda no custo de energia, especialmente o petróleo com dificuldade em ultrapassar os US$ 85 o barril em Londres, em meio à série de enorme de desafios que ainda se impõem no mundo.
Alimentação, entretanto, tem passado por pressões renovadas em diversas localidades do mundo, países emergentes incluídos, como pode ser observado no IPCA de semana passada e por uma série de outras inflações locais como IPC-S, Fipe e IGPs.
Neste contexto, a expectativa de uma safra positiva, com o tempo colaborando em diversas localidades do mundo pode ajudar a refrear parte desta inflação global, entretanto a preocupação ainda reside nos núcleos, que excluem alimentação e energia e portanto, tal alívio não cria impactos na política monetária.
O PPI, inflação ao atacado nos EUA também deve retornar ao positivo, algo a ser observado também no Reino Unido somente no atacado e não no varejo e a agenda se completa com uma série de dados de atividade econômica.
Entre tais dados, se destacam o PIB do Japão e da Zona do Euro, mercado imobiliário e vendas ao varejo nos EUA e emprego no Reino Unido, além do IBC-Br no Brasil, o dado mais relevante da semana.
Na temporada de balanços, quinta-feira o Crédit Suisse registrou massiva perda anual e o CEO descreveu resultados como "completamente inaceitáveis", mantendo o alerta de nossas análises de que o banco é passível de um risco considerável, especialmente sistêmico, após os problemas que vão de má administração, até questões criminais.
Hoje a semana abre com agenda vazia, somente o PIB japonês à noite e foco nos balanços e inflações.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela inflação nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com o Yen volátil, após sinais da nomeação de Kazuo Ueda para o BoJ.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto o cobre e paládio.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, com o corte de produção russo já totalmente absorvido pelo mercado
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,02%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2143 / -1,16 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,009%
Dólar / Yen : ¥ 132,66 / 1,005%
Libra / Dólar : US$ 1,20 / -0,199%
Dólar Fut. (1 m) : 5242,79 / -0,62 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,44 % aa (0,08%)
DI - Janeiro 25: 12,92 % aa (0,40%)
DI - Janeiro 26: 13,02 % aa (0,40%)
DI - Janeiro 27: 13,12 % aa (-0,07%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0650% / 108.078 pontos
Dow Jones: 0,5026% / 33.869 pontos
Nasdaq: -0,6061% / 11.718 pontos
Nikkei: -0,88% / 27.427 pontos
Hang Seng: -0,12% / 21.164 pontos
ASX 200: -0,21% / 7.418 pontos
ABERTURA
DAX: 0,265% / 15348,61 pontos
CAC 40: 0,595% / 7172,17 pontos
FTSE: 0,293% / 7905,55 pontos
Ibov. Fut.: 0,01% / 108266,00 pontos
S&P Fut.: -0,02% / 4099 pontos
Nasdaq Fut.: 0,142% / 12368,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,61% / 108,01 ptos
Petróleo WTI: -1,38% / $78,62
Petróleo Brent: -1,30% / $85,27
Ouro: -0,44% / $1.857,69
Minério de Ferro: -3,50% / $120,35
Soja: -0,23% / $1.538,25
Milho: -0,48% / $677,25
Café: -0,06% / $175,05
Açúcar: -0,74% / $21,41