Ação escolhida por IA avança neste mês na B3, na contramão da baixa do Ibovespa
Os malefícios de uma má formação de preço da moeda americana no nosso mercado são maiores do que possa transparecer e são mascarados pela intensidade de anseios divulgados como puras “esperanças” dos gestores do novo governo, que, contudo, ainda não conseguiram conduzir à prática as teorias que vem sendo utilizadas.
O montante da dívida pública se expande fortemente num ambiente em que fala e propaga a necessidade de contenção dos gastos.
Não há investimento produtivo, por isso o desemprego de 11,8%, maior desde 2012, cresce e conduz a perda efetiva do emprego mês a mês.
A arrecadação por parte do governo é cadente e isto reflete a falta de investimentos, não tendo sido, até então, criado estratégias de política fiscal, tendo em vista que não há investimentos e não há efetivo aumento de renda e dispêndio, predominando o quadro de inanição antecedente.
Enfim, praticamente nada de efetivo mudou e parece que o atual governo procura “enganar-se” com discursos desprovidos de fundamentos.
Os indicadores de inflação curvam-se ao estado de recessão, e então o BC reduz a SELIC como se isto fosse consequência deste fato. O crescimento do PIB e a produção industrial continuam com efetivos e verdadeiros indicativos ruins.
Fica cada vez mais evidente que um preço do dólar desequilibrado, desalinhado com a nossa realidade, não conduz à otimismo sustentável a ponto de motivar as atitudes do setor produtivo.
O dólar subavaliado desestimula o investimento, criará problemas na balança comercial do próximo ano, por ser instrumento altamente negativo à retomada da atividade econômica no Brasil.
O dólar nesta situação dá um “plus” adicional aos efeitos já causados pela recessão e tudo fica mais difícil.
O BC está agindo com foco centrado na redução da inflação e consente o preço subavaliado da moeda americana.
O que se observa no preço do dólar é uma irrealidade altamente prejudicial ao país, pois o que se vê é um fluxo de divisas especulativo, que ao fim só leva ganho no país e não deixa nada.
O demonstrativo de fluxo cambial mais recente aponta que liquidamente no fluxo financeiro deixaram o país US$ 47,989 Bi que consumiu o resultado do fluxo comercial e ainda deixou um saldo liquido negativo de US$ 13,2 Bi.
A “conta” desta dinâmica errática do BC poderá chegar a qualquer momento, e o BC terá que promover a devida correção para motivar os incentivos do exterior, caso contrário a economia não sairá desta inércia atual, sem gerar emprego, renda, investimentos e recuperação da arrecadação fiscal.
É preciso entender que “discursos enfáticos” tem tempo de validade e podem cair no descrédito e afastarão eventuais investidores ao manter o mesmo quadro econômico degradante.
Houve uma grande desconsideração com a crise em que o país estava envolvido, achando, principalmente o mercado financeiro, que tudo se resolveria por mudanças nas atitudes, mas atualmente todos podem observar que a tarefa é mais desafiadora do que se imaginava e ainda há um longo tempo necessário para medidas duras e sem concessões.
E isto passa necessariamente por um preço da moeda americana equilibrada com a realidade da economia brasileira, caso contrário o país ficará patinando sem sair do lugar, com incremento ao descrédito do atual governo que sofrerá pressões políticas constantes.
A recuperação da economia do país passa de forma incontestável pelo ajuste no preço do dólar.