Conta a história que certa vez em um congresso de economistas e especialistas em finanças foi lançada a seguinte questão: “quem aqui acredita piamente na eficiência dos mercados?”, poucos levantaram a mão e um silêncio catedrático se instalou. Em seguida a pergunta foi refeita: “quem aqui utiliza das premissas da teoria da eficiência dos mercados em seus estudos e papers?”, vários participantes levantaram a mão. Testar ou não a eficiência dos mercados faz parte de um extenso debate no campo das finanças, no qual diversas teses e escolas de pensamentos divergem sobre suas premissas e constatações, especialmente após o surgimento da grande área das finanças comportamentais e também da grande crise de 2008.
O objetivo do presente artigo está longe de comprovar ou declinar qualquer grande conjectura da teoria da eficiência dos mercados, mas visa trazer à tona os principais gestores – estes especialistas em analisar ativos e seus mercados – com a capacidade de gerar, no longo prazo, retornos consistentes e muito acima dos índices de mercado de mercado.
Lembrando também que este artigo é uma atualização do estudo publicado aproximadamente dois anos atrás (clique aqui para ler o original). Podemos assim também verificar as principais mudanças ocorridas, especialmente em um período conturbado no cenário doméstico e externo, com impactos significativos no apetite de risco dos investidores.
Metodologia empregada:
- Fundos ativos e com cotas desde 01 de janeiro de 2000
- Excluídos fundos renda fixa, privatizações, imobiliário e direitos creditórios
- Removidos fundos com menos de 15 cotistas (são restritos a poucos investidores)
- Fundos com menos de R$ 15 milhões de patrimônio líquido foram removidos.
Restam assim 72 fundos, totalizando R$ 13,5 bi
Portanto, por meio da metodologia empregada, vamos analisar os dezesseis anos completos de mercado financeiro brasileiro, passando desde os tempos mais primórdios, o crescimento exponencial ocorrido em meados dos anos 2006, e mais recentemente, a derrocada dos ativos de risco. Ainda, especialmente do ponto de vista dos veículos de investimentos construídos para gerar alpha (retornos extraordinários), ou seja, são multimercados e fundos de ações que visam superar os índices de mercados tradicionais, pautados nas mais diversas teses de investimentos e teorias.
Veja no PDF abaixo a descrição sobre os fundos mais rentáveis do período.
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