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Ouro Pode Afundar Novamente Após Reunião do Fed em Jackson Hole?

Publicado 27.08.2021, 09:00
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Publicado originalmente em inglês em 27/08/2021

Eu fiz esta pergunta há algumas semanas e a faço novamente com a chegada do Grande Dia: a queda do ouro foi proporcional à especulação em torno de Jackson Hole e será que ainda pode cair mais?

Ninguém, exceto talvez o próprio Jerome Powell, sabe o que o presidente do Federal Reserve irá anunciar hoje, em relação ao plano do banco central americano em relação aos seus gastos mensais de estímulo de US$120 bilhões.

Ouro diário

Embora muitos concordem que essas compras de ativos praticamente salvaram os EUA de um colapso financeiro nos primeiros dias da pandemia, um número crescente de analistas diz agora que o Fed está praticamente estrangulando a mesma economia que havia salvo, através da inflação.

O programa de estímulo do Fed está sendo culpado por alimentar a inflação nos EUA, onde o crescimento econômico no 2º tri de 2021 estava estimado em 6,6% na quinta-feira, muito acima do declínio de 3,5% observado em todo o ano de 2020. O próprio Fed projeta um crescimento econômico de 6,5% para todo o ano de 2021.

Além das compras de ativos do banco central, o governo Biden conseguiu aprovar mais US$1 trilhão em gastos relacionados à Covid-19 desde que assumiu a presidência em janeiro. Parlamentares democratas alinhados a Biden nesta semana avançaram em outro plano de gastos de US$3,5 trilhões para colocar em prática sua agenda econômica.

A meta de inflação anual do Fed é de 2%. Mas o índice de preços ao consumidor (IPC) nos EUA, uma das principais medidas da inflação, subiu 5,4% ao longo de um ano até junho.

O mais importante é que a métrica de inflação preferida do Fed, o núcleo dos gastos com consumo pessoal, expandiu-se 3,5% no período de um ano até junho, maior salto em 30 anos.

Pelo menos três altas autoridades do Fed — Robert Kaplan, de Dallas; James Bullard, de St. Louis; e Esther George, de Kansas — pronunciaram-se na quinta-feira de modo veemente sobre a necessidade de reduzir os estímulos, pressionando ainda mais Powell horas antes de ele subir à tribuna da reunião anual de Jackson Hole.

O evento, que normalmente ocorre em Jackson Hole, Wyoming, mas está sendo realizado virtualmente pelo segundo ano consecutivo, devido à pandemia de coronavírus, costuma ser utilizado pelas autoridades do Fed para fornecer projeções sobre a política monetária futura. Ele será transmitido ao vivo com uma conferência do banco central realizada pelo Fed de Kansas.

A expectativa é de sinalização de retirada de estímulos

Muitos investidores parecem acreditar que Powell adotará um tom mais ameno em seu discurso, segundo uma prévia da Reuters, que citou Candice Bangsund, gerente de portfólio da Fiera Capital:

“A deterioração do cenário macroeconômico desde julho deve gerar alguma cautela na fala do presidente Powell, apesar de que a expectativa seja de sinalização de retirada de estímulos.”

É praticamente consenso no mercado que Powell anunciará a retirada de estímulos no quarto trimestre, emitindo um sinal claro em uma reunião antes do anúncio concreto.

Kyosuke Suzuki, presidente da empresa de tecnologia financeira Ryobi Systems, também disse na mesma prévia:

“Para Powell, não é qualquer mérito em especificar um prazo exato para o tapering no discurso de hoje. Se não fornecer uma indicação clara, o efeito será levemente positivo para as ações”.

No mercado de câmbio, o Índice Dólar e as moedas sensíveis ao risco devem disparar em caso de aperto, enquanto o iene deve se enfraquecer, complementou.

A grande questão, pelo menos para quem está lendo este artigo, é: o que tudo isso significa para o ouro?

Falta força para o ouro se firmar acima de US$1800

Como ressaltou o estrategista de metais David Song, em uma postagem no Daily FX, na quinta-feira, o ouro superou a média móvel de 50 dias de US$1790, mas falta força para que se firme nesse patamar.

Isso pode minar a recuperação recente do ouro, já que o indicador mostra uma inclinação negativa, escreveu Song, que disse ainda:

“A recente recuperação do preço do ouro parece ter-se estagnado antes da máxima mensal ($1832), já que enfrenta dificuldades para manter o avanço do início da semana”.

“Com isso, a mudança na prescrição futura do Fed pode solapar a recuperação do metal, de modo que a falta de força em se manter acima da MMD 50 ($1790) geraria uma perspectiva baixista para o preço do ouro, diante da formação de uma cruz da morte em agosto”.

Dito isso, o repique desde a mínima mensal (US$1682) pode acabar se tornando mais uma correção na tendência mais ampla do que uma mudança no comportamento do mercado, ressaltou Song.

Rekha Chauhan, outro analista do ouro, escreveu no FX Street que a perspectiva técnica para o metal apontava para uma resistência na MMD 21 a US$ US$1785.

Chauhan disse o seguinte:

“Um fechamento diário abaixo desse patamar pode confirmar uma reversão baixista, após a rejeição da MMD 200 a US$1810 no início desta semana”.

“A próxima parada para os vendidos está nas mínimas de uma semana, abaixo da mínima de 16 de agosto de US$1771. Por outro lado, a retomada da MMD 50 a US$1791 é crítica para um teste significativo do nível de US$1800.”

O Credit Suisse (SIX:CSGN), em nota emitida na quinta-feira, disse que o ouro registrou forte repique desde as mínimas de março a US$1679,80-1677,83, até alcançar a MMD 200 de US$1810.

O banco afirmou ainda:

“Acreditamos que isso irá repelir qualquer avanço, pelo menos no teste inicial, e provocar uma consolidação maior”.

“Preferimos aguardar uma correção até US$1750, mínima de 29 de junho, e permitir uma tentativa de estabilização nesse patamar. No curto prazo existe o risco de queda mas, no longo prazo, a perspectiva é neutra”.

O Credit Suisse também projetou a resistência-chave na máxima de meados de julho a US$1834, dizendo que era necessário um movimento acima disso para um reteste da mínima de 4 de junho a UW$1856/57 e a linha de tendência de baixa de 2020-2021 a US$1874.

Ouro pode corrigir até US$1600?

Portanto, até onde o ouro pode cair a partir daqui?

É possível que o metal retorne à região intermediária de US$1600, segundo Song, que explicou:

“Uma falta de força para se firmar acima da MMD50 (A) pode fazer o preço do ouro retornar abaixo da região de US$1786 (expansão de 38,2%) para colocar no radar a sobreposição de Fibonacci em torno de US$1743 (expansão de 23,6%) para US$1763 (retração de 50%)”.

“A próxima área de interesse está em torno de US$1690 (retração de 61,8%) a US$1695, com um rompimento da mínima mensal (US$1682) abrindo espaço para a região de US$1670 (expansão de 50%)”.

Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para oferecer aos leitores uma variedade de análises sobre os mercados. A bem da neutralidade, ele apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

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