Panorama Semanal de 9 a 13 de Janeiro
Juros em trajetória de queda foi a principal notícia da semana. O Banco Central foi ousado e, com a inflação sob controle, cortou a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, acima do esperado. A ideia é estimular a economia. O patamar ainda é elevado, de 13% ao ano, e novos cortes agressivos são esperados nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.
O corte na Selic foi decidido pouco depois da divulgação, pelo IBGE, da inflação fechada do ano de 2016. O IPCA ficou em 6,29%, abaixo do teto da meta do BC para o ano (6,5%). Cabe explicar que a meta da inflação era de 4,5%, mas o sistema aceita como favorável um intervalo de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. Os 6,5% representam um recuo importante em relação à taxa de 2015, que foi de 10,67%.
A economia brasileira deu uma aquecida em novembro, de acordo com o IBC-Br do Banco Central, indicador que é uma prévia do PIB. O avanço de 0,2%, após três meses de queda, é atribuído ao comércio, favorecido pela Black Friday.
Um assunto de destaque esta semana foram as negociações entre os estados e a União. Os acordos, capitaneados pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vêm sendo desenhados e envolvem questões delicadas e polêmicas, com reestruturação das dívidas estaduais, aumento de receitas e redução de gastos.
Pelo Brasil, segue a crise penitenciária, com novos problemas em Roraima e Manaus.
No exterior, as expectativas se voltam para a posse de Donald Trump nos EUA e as primeiras medidas a serem adotadas pelo republicano. Os investidores acompanham apreensivos.
No pregão desta quinta-feira, o movimento na Bovespa foi fortemente influenciado pelo corte na taxa Selic. O Ibovespa registrou valorização de 2,4%. O preço das commodities, como petróleo e minério de ferros, continuam com trajetórias de alta.
No mercado cambial, a moeda americana encerrou cotada em queda de 0,5%, a R$ 3,176.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.