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Perspectivas para o Brasil Pioram e Quem Indica São Números e Fatos

Publicado 11.01.2016, 07:31

O governo tem se empenhado, politicamente, a tentar criar clima otimista dentro de um contexto que evidencia a economia brasileira num estado recessivo, com forte tendência ao agravamento antes que se possa, num primeiro momento, vislumbrar estabilidade desejável, para depois ocorrer movimento reversivo.

Mas, não tem logrado sucesso coeso junto a sua base de apoio político, havendo impaciência e requisições incisivas de que seja estabelecido programa de desenvolvimento.

De parte do setor privado tudo é visto de forma muito incrédula, faltando confiança e credibilidade nos propósitos expostos.

Não há mínimas condições para “atender os anseios” do partido da Presidenta, há uma premente necessidade de que seja estancada a tendência de piora do quadro macroeconômico, tarefa desafiadora e ainda considerada improvável neste ano, para que seja conquistada, minimamente, a estabilidade, que permitiria então o planejamento do crescimento.

Não há como se pular etapas e deixar de conviver com todos os aspectos negativos que deverão advir.

Queda da atividade industrial acima de 8% em 2015 e com tendência de continuar retroagindo neste ano é indicativo de que o desemprego vai se intensificar, afetando renda e consumo.

Inflação em 2015 de 10,6% já em grande parte inercial não sugere que ocorra reversão tão intensa quanto espera o governo, já que elevar o juro será absolutamente inútil, pois não ocorre pressão de demanda na economia. A inflação nestas circunstâncias corrói a renda, promove a retração do consumo, já sinalizada nos indicativos de 2015, mas que devem se acentuar neste ano, a inadimplência.

Não há ambiente para ambicionar planos de construção civil visando geração de emprego, a demanda está cadente e os custos dos financiamentos são elevados e mais seletivos quando concedidos pelo setor privado.

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O governo, embora sustente discurso otimista, tende a amargar novo déficit fiscal, já que o PIB 2016 deverá ser negativo e a atividade industrial sinaliza que continuará retrocedendo.

A alternativa concreta seria o governo conter de forma impiedosa seus gastos, mas não há esta vontade, mas sim a ambição de criar mais impostos e assim socializar os dispêndios incontrolados praticados. Mais impostos, maior desincentivo a atividade econômica.

O governo não tem recursos para implantar ações visando a infraestrutura desmantelada de segmentos relevantes do país, e, pelo que se observa, o setor privado está arredio a fazê-lo em razão da falta de confiança e credibilidade no governo.

Com isto e o agravamento da recessão o volume de importações deverá prevalecer cadente, mas não se deve ser extremamente otimista, imaginando que venderemos muito comprando pouco, o comércio exterior é um segmento de duas mãos.

As exportações brasileiras naquilo que são mais fortes, as commodities agrícolas e metálicas, devem sofrer repercussões negativas dadas a altíssima dependência da China e ao fato desta atravessar um momento muito confuso e de pouca transparência. Certamente desvalorizando o yuan a China foca incentivar sua atividade econômica via exportações e encarecer as importações, e assim certamente nossas commodities perderão preço no mercado internacional e poderemos até exportar mais porém recebendo menos, mas o mais provável é que exportemos menos e por preço menor, que é um cenário bastante negativo.

A questão da China, um país cujos números devem ser sempre vistos com ressalvas, poderá afetar de forma intensa os países emergentes, entre os quais está o Brasil, numa situação bastante desconfortável.

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O pais já sofreu, e continua sofrendo, desgaste de imagem junto aos investidores estrangeiros, seja para o setor produtivo, seja no setor de renda fixa e/ou variável, pois os dados performáticos do país são desestimulantes e as agências de rating devem continuar depreciando nossos ratings, o que pode impulsionar a saída de capitais estrangeiros, por obrigação e de forma espontânea.

O juro por si só no contexto em que está o país não é suficiente atrativo para recursos externos, pois o conceito risco, a partir dos conceitos internacionais e seus instrumentos de aferição, tem peso relevante nas decisões e até mesmo porque há outras alternativas em países emergentes que podem ser consideradas mais confortáveis.

Há quem ressalte que o Brasil está atraente ao investimento externo porque está barato, mas esquecem de observar que o câmbio teve uma variação negativa de quase 50% em 2015 e isto é muito e até difícil de ser feito hedge, numa economia que não proporciona retornos expressivos. Neste ano de 2016, muito diferente do que vem projetando o Boletim FOCUS, a tendência é de que a moeda americana atinja ao final do ano o preço de R$ 5,00, algo como um repique de mais 25% sobre o fechamento de 2015.

O BC tem defendido o preço da moeda nacional com a utilização de contratos de swaps cambiais, uma forma disfarçada de comprometimento indireto das reservas cambiais, pois tem liquidez devido ao fato de possuí-las, caso contrário teria que utilizar de forma direta a venda a termo para hedge das empresas, caso contrário o preço da moeda americana dispararia, assim como os impactos inflacionários seriam dantescos.

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Muito se fala de “perda” nestes instrumentos, deixando de considerar que ocorre a recuperação no estoque de divisas mantidas em reservas cambiais. A diferença é que as perdas nos swaps são imputadas contabilmente impactando na política fiscal, enquanto os ganhos sobre o estoque não o são.

Adicionalmente, utiliza os bancos autorizados a operar em câmbio concedendo-os linhas de financiamentos em moeda estrangeira para que gerem a liquidez no mercado à vista, que a rigor deveria ser o autor, mas assim disfarça também a utilização efetiva das reservas cambiais, ao agir indiretamente.

O BC tem estes instrumentos financeiros, atrelados não oficialmente, mas de fato sobre o estoque de reservas cambiais, e a venda efetiva de divisas o que ainda não praticou face à utilização das estratégias postas.

Porém, inegavelmente são instrumentos limitados num ambiente de fragilidade com que convive o país, o que o deixa sujeito a saídas mais intempestivas de recursos externos e até mesmo, de movimentos especulativos sobre o real, e risco de elevação abrupta do preço da moeda americana no nosso mercado.

Desta forma, não há por que considerar-se atípica a alta do preço da moeda americana ultrapassando os R$ 4,00. Absolutamente normal, com viés de continuidade da alta, tendo em vista que os indicativos oriundos do fechamento de 2015 ensejam baixa probabilidade de reversão na intensidade que o governo projeta e estes se tornam fatos com impacto no humor e propensões dos investidores estrangeiros, afora a questão da China, altamente relevante para o Brasil.


Da mesma forma, será natural a persistência ainda bastante aquecida da inflação inercial, que não responderá a aumento de juro, postulação do mercado financeiro e que, se ocorrer se prestará a aumentar rentabilidade e onerará o Tesouro com reflexos negativos na política fiscal, mas ineficaz na contenção da inflação.


Por outro lado, será praticamente inevitável que o desemprego se acentue, assim como a recessão já evidente nos números de 2015, mas ainda aquém no quesito desemprego do que se pode esperar em 2016.


O problema brasileiro não é somente político, como muitos querem atribuir, mas imperiosamente do governo “auto sanear” os seus gritantes erros, estabilizar a atividade econômica, para depois, quem sabe final de 2017 ou inicio de 2018 pensar em planejar o crescimento, se tudo for feito corretamente.

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O dólar é, a rigor, o indicador mais sensível da economia, razão pela qual deverá repercutir todos estes cenários prospectivos com tendência bastante sustentável.

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