Como assinalamos em nosso artigo anterior, a exuberância das cotações dos futuros do Petróleo no seguimento de um relatório de reservas muito bullish correspondia apenas a... celebrações antes do tempo. Por motivos óbvios.
Com efeito, o relatório seguinte se encarregou de arrefecer as espetativas com números algo imprevistos, mas que teve o efeito de nos lembrar que no terreno nada havia mudado.
As atenções voltaram-se para a reunião de Doha neste Domingo dia 17 de Abril, a qual, como todos sabemos a esta hora, foi um fracasso.
O teor de algumas posições indicia que na agenda de alguns participantes poderá constar uma guerra de preços, a qual, através de um processo Darwiniano, conduzirá à saida de alguns players do mercado. Leia-se - por insolvências!
Neste campo, poderão situar-se muitos produtores dos Estados Unidos, cujo processo de extração denominado fracking apresenta custos elevados, bem maiores do que muitos outros produtores tradicionais. Nem mesmo os desenvolvimentos tecnológicos mais recentes conseguiram superar essa desvantagem económica.
Se aliarmos esse aspeto, ao fato de na sua grande maioria se encontrarem extremamente alavancados financeiramente, facilmente poderemos depreender aquilo que não esteve escrito na agenda de Doha, mas estará escrito na agenda privada de alguns.
Dito isto, mantendo-se os dados inalterados, apenas endereçamos o leitor para o gráfico do artigo anterior, onde suspeitamos que as cotações poderão regressar à faixa comprendida entre os USD 35 e os USD 26.
À espera dos próximos rumores, e das habituais informações e contra-informações!
Boa semana.