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Petrobras: Qual a Importância de Manter a Política de Paridade?

Publicado 15.03.2022, 11:43
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Uma das principais discussões da semana girou em torno do preço dos combustíveis. Já pressionados pela pandemia e fatores relacionados à demanda, os valores do barril do petróleo comercializados nos mercados internacionais seguem em uma tendência de alta, sobretudo, com a guerra iniciada no leste europeu entre Rússia e Ucrânia. 

No Brasil, desde 2016, a Petrobras (SA:PETR4), que detém quase a totalidade do monopólio da produção da commodity no Brasil, tem adotado uma política de preços que, em tese, se baseia no mercado internacional. 

Digo em tese, pois o recente aumento de 18,8% na gasolina e 24% no diesel de uma só vez, reflete um repasse tardio e que foi amplamente criticado por diversos agentes.   

Contudo, ainda que este movimento cause inflação - há quem diga que o aumento nas refinarias possa elevar o IPCA em 0,6% -, existe uma lógica por trás da paridade. Sabemos dos impactos sociais e econômicos causados pelos aumentos e não estamos de olhos fechados para isso. 

Quase toda a cadeia logística interna é dependente de caminhões e os impactos são quase que imediatos. Porém, precisamos refletir sobre os efeitos de intervenções na maior estatal do Brasil. 

De forma resumida, o Preço de Paridade de Importação (PPI) é uma métrica utilizada para a definição de preços com base no custo de importação do produto para um local. Ele é calculado com base nas despesas relativas à logística, câmbio e margem dos operadores. 

Estabelecer os preços em linha com o PPI é importante na medida em que o Brasil não é autossuficiente em derivados de petróleo, em especial, o diesel. 

Ou seja, ainda dependemos, em grande parte, de agentes externos para importar a commodity. Caso a Petrobras comercialize o produto abaixo do PPI, as empresas que compram e distribuem combustível no país saem do mercado, deixando a estatal responsável por toda a distribuição interna. 

Entre 2011 e 2014 testemunhamos um cenário que pode se repetir. Após intervenções do governo Dilma, a companhia se tornou uma das mais endividadas do mundo (mais de R$500 bilhões) e suas ações chegaram a ser negociadas abaixo de R$5. 

Com as mudanças iniciadas na gestão de Michel Temer, ela se reequilibrou, retomou a credibilidade e hoje é uma das maiores pagadoras de dividendos da nossa bolsa de valores. Obviamente, não queremos que os mesmos problemas se repitam. 

Isto porque, os efeitos na economia são diversos. Entre eles, a fuga de investidores. Sabemos que interferências do governo no setor privado têm, por padrão, a característica de espantar o capital externo. 

Propostas que visam a utilização dos lucros da Petrobras em detrimento de acionistas tendem a ser extremamente negativas e prejudiciais para toda a população. 

Sabemos que ela ocupa a posição de segunda maior empresa do índice Ibovespa, atrás apenas da Vale (SA:VALE3). Uma eventual intervenção pode aumentar ainda mais a volatilidade do mercado brasileiro e promover uma fuga de capitais, dois ingredientes relevantes para que a inflação siga em alta.

Do lado do(a) investidor(a) brasileiro(a), cabe o papel de ficar atento(a) para avaliar esses momentos. Conversar com sua assessoria é fundamental para identificar os melhores caminhos. Fique de olho nisso! 

Últimos comentários

🎯👏👏👏
Falou pouco, mas falou boxta. o que esse cara quis dizer é: vamos manter o PPI para manter os altos dividendos e que se dane a população brasileira, essa tem que se ferrar pagando um absurdo nos derivados de petróleo.
seria maravilhoso se isso acontecesse: "Caso a Petrobras comercialize o produto abaixo do PPI, as empresas que compram e distribuem combustível no país saem do mercado, deixando a estatal responsável por toda a distribuição interna". sai distribuidor é um a menos lucrando. fica mais barato para o consumidor.
Caso eu tivesse o poder de resolver isso faria o PPI para o valor correspondente ao que os acionistas representa junta a Petrobrás, o governo faria a custo ao comercio Brasileiro pois o petróleo seria o catalizador do desenvolvimento do país assim como ocorre com a china compra da Venezuela e agora vai comprar da Rússia.
Seria muito importante a discussão da nacionalização da Petrobras. Tirar a discussão do petróleo brasileiro da bolsa de valores. Discutir uma estratégia para que a sociedade como um todo maximize os benefícios, inserindo na discussão os impactos da política do segmento petróleo nos demais segmentos econômicos.
Penso o mesmo. O Brasil poderia ta passando pela crise mundial sem sentir muito os efeitos da inflação caso fosse totalmente nacionalizada.
a solução ninguém comenta.
A soluçao pode ser encontrada a longo prazo, com politicas voltadas a contrução de refinarias e ainda passa por uma reestruturação do Etanol!
a solução ninguém comenta.
Entre a estratégia do governo Dilma, que manipulava preços não só do petróleo, mas da energia como parte de sua nova matriz econômica (seja lá o que isso queira dizer) e o que se estuda fazer hoje, diante de uma crise global que envolve "apenas" uma situação de guerra, existe uma distância muito, mas muito grande. Ademais, já que tanto de fala em ESG, como ficam os consumidores brasileiros nessa história, talvez o stakeholders mais importante?
E a questão da população? E temos petróleo e não temos o refino suficiente, isso é modelo de nação que caminha para o desenvolvimento? PPI é prejudicial ao povo brasileiro! Até alguns da extrema direita do Brasil estão admitindo, não sei se é por causa da eleição!
sempre tive ações da Petrobrás más sempre fui contra paridade. exporta em dólar agora para o brasileiro não. é simples só querer
Parabéns Brunão, primeiro de muitos artigos aqui.
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