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Presidente Dilma Precisa Colocar o País Sob Nova Direção Econômica Já

Publicado 03.12.2014, 07:30

A economia brasileira renova-se cotidianamente na divulgação de dados ruins e os gestores da economia decadente ainda estão nos cargos, exceto Alexandre Tombini que continuará na Presidência do BC, nada mais podem fazer e é muito importante que não façam, mas urge que a Presidenta efetive os novos escolhidos nos seus postos para que a confiança seja impulsionada quebrando o marasmo atual.

O desafio que o governo Dilma I deixa para o governo Dilma II exige que seja logo delineada a estratégia de reversão do “status quo” ancorada em programas de governo comprometidos com este objetivo de resgate do país a partir de 2015.

E ao mesmo tempo a economia mundial dá sinais de que o ano de 2015 não será nada promissor, o que torna mais difícil que o Brasil possa contar com ajuda externa, já que agora parece que terá que conviver efetivamente com a crise mundial de verdade sempre utilizada como álibi pelo Ministro Mantega ao longo da deterioração econômica do país.

Nossos parceiros mais fortes e imediatos chineses devem desaquecer a demanda de insumos e isto já se revela pelo PMI da indústria chinesa aferido pelo departamento de estatística do governo, que retrocedeu de 50,8 pontos em outubro para 50,3 pontos em novembro. Na euro-zona o sentimento é o mesmo com o PMI recuando de 50,6 pontos para 50,1 pontos, com destaque para o pais carro-chefe da região Alemanha onde o recuo foi de 51,4 pontos para 49,5 pontos e os Estados Unidos também registrou recuo do PMI de 55,9 pontos para 54,8 pontos.

Como temos destacado quase que cotidianamente nos nossos comentários, commodities e petróleo têm seus preços em queda livre, confirmando as perspectivas de perda de dinamismo do crescimento global.

No Brasil a produção industrial está estagnada. Confrontando o indicador de outubro deste ano com o do mesmo mês do ano passado o recuo é de 3,6% e neste ano se janeiro a outubro acumulou queda de 3,0%.

A indústria brasileira foi gradualmente descontruída pela politica errática em torno do câmbio, que foi colocado a serviço da contenção das pressões inflacionárias, o que também atingiu duramente a balança comercial do país que fechará negativa em torno de US$ 4,0 Bi, salvo alguma matemágica neste mês de dezembro, já que o produto importado foi altamente beneficiado pela prática contumaz de manter o real apreciado de forma absolutamente irreal.

O nosso setor de commodities agrícolas e metálicas sofrerão fortemente os efeitos da queda de preços no mercado internacional e o petróleo apresenta preços expressivamente cadentes, o que pode beneficiar a Petrobrás em detrimento da economia nacional mas coloca em risco seus projetos exploratórios já que os preços estão sobejamente abaixo dos estimados pela empresa, enquanto outros países utilizarão este fato como positivo para alavancar suas economias.

Inquestionavelmente, cada vez fica mais evidente a necessidade de mudança da lógica da politica cambial brasileira.

O dólar precisa ser deixado livre para encontrar o seu preço compatível com os fundamentos da economia do país, e ainda por ter a moeda muito vinculada às commodities precisa fazer movimento neste sentido para equalizar as remunerações dos produtores, não como benesse, mas como a lógica cambial praticada no mundo todo.


Por todos os ângulos que se observe a economia brasileira no momento, está evidente que é absolutamente necessária sinalização de rigor absoluto na condução da politica fiscal, que poderá ser a mola mestra da contenção da inflação gradualmente vindo a suceder a contumaz elevação do juro SELIC, que ainda precisará ser utilizada até que os resultados comecem a surgir.

Mas da mesma forma está evidente também que o país precisa alterar a logica da sua politica cambial, caso contrário afundará mais a indústria nacional e levará em sua companhia o setor de commodities.

Por ser o petróleo tabelado no Brasil a economia poderá não ser beneficiada pela queda do preço internacional, mas se o for certamente liquidará com a indústria de etanol nacional.

Enfim, há inúmeros caminhos que a economia brasileira terá que trilhar sob nova direção, mas nos parece ser inevitável que o dólar assuma o principal papel efetivo nas medidas de curtíssimo prazo, sem anúncios do consentimento, visto que as repercussões de sua elevação ao preço justo serão enormes e fundamentais para o resgate da atividade econômica do Brasil.


O mercado parece confuso com o que o Presidente falou a respeito dos contratos de swaps cambiais.

No nosso entender não ficaram dúvidas, o BC vai rolar as posições vincendas sem expandi-las até quando necessário, ou seja, até o momento em que o país recupere credibilidade perante o mercado internacional e passe a receber fluxos cambiais suficientemente positivos para permitir o desmanche gradual do estoque destes instrumentos financeiros colocados no mercado futuro de dólar para “comprar a credibilidade” para a moeda nacional, que sem esta intervenção poderia promover uma substantiva apreciação do preço da moeda americana.

O que Tombini não disse e não dirá é que enquanto o restabelecimento da credibilidade não se tornar efetivo o BC estará refém da manutenção deste estoque, que considera satisfatório, no mercado sendo rolado nos seus vencimentos, que entende satisfatório.

A simples menção da não expansão do estoque atual é uma sinalização cifrada pró-apreciação do preço da moeda americana, que é o que está em perspectiva e nos parece inevitável para reativar a competitividade e atividade econômica da indústria e dar a adequada, não como benesse, proteção ao setor de commodities
.

Continuamos entendendo que R$ 2,60 deva ser o preço de fechamento do ano, da mesma forma que acreditamos que o setor externo deverá ser mais um setor a merecer especial atenção do governo, pois há riscos presentes para o país.

É preciso considerar que neste mês de dezembro grande parte dos negócios tende a concentração até meados do mês e a demanda deve se acentuar, razão pela qual o BC voltou ontem a ofertar linhas de financiamento aos bancos para impulsionar a liquidez no mercado à vista no montante de US$ 1,0 Bi, possibilitando que aumentem suas posições vendidas e o BC se preserve de ser levado a realizar leilões de venda diretos ao mercado a vista.

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