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Preço do Dólar Poderia Ir Além, mas Mercado Entendeu Sinalização do BC

Publicado 18.11.2014, 07:00

Há razões e motivos que até sugerem o preço da moeda americana em patamar mais elevado do que o atual, mas como o BC emitiu uma objetiva sinalização ao mercado de que R$ 2,60 é o ponto tolerável, visto que finalmente realizou um movimento operacional de intervenção maior ao elevar a rolagem da posição de swaps cambial vincenda na virada do mês para a sua totalidade ante decisão anterior de fazê-la parcialmente, o mercado parece tem entendido e a despeito da volatilidade ficou no entorno do eixo de R$ 2,60.

Ir além contrariando a autoridade monetária neste momento pode potencializar o risco, mas é inegável que o contexto absolutamente nebuloso que envolve a economia brasileira e incertezas de todas as naturezas que predominam em torno do governo, podem incitar movimentos rompendo o preço de R$ 2,60 para a moeda americana, mas acreditamos que este possa ser um preço para ficar, ainda que com movimentos voláteis e até discreta queda e retorno sequente quando for definida a equipe econômica do governo reeleito.

A situação absolutamente caótica da economia brasileira e as suas intensas perspectivas ruins sugerem que o dólar com seu preço revitalizado em compatibilidade com a realidade do país deva ser a ancora maior da tentativa imediata de estimular o setor industrial a elevar a sua competitividade no mercado externo e interno, este na medida em que encarece o preço dos produtos importados que ocuparam o espaço do produto nacional no mercado interno.


Resgatar o erro maior cometido nos últimos anos na economia que penalizou o setor industrial, conduzindo o país a desindustrialização, ao retrocesso do ritmo de sua atividade, a retração na geração de empregos e salários neste importantíssimo segmento de alto peso no PIB e ao desinteresse dos empresários em investir, parece ser o trajeto prioritário para o governo reeleito.


E, não devemos perder de vista que o mercado externo estará menos favorável na demanda e nos preços das commodities e que os parceiros comerciais mais importantes do Brasil como a China dá sinais de perda de intensidade do crescimento, e ainda Argentina e Venezuela, ambos praticamente insolventes.

O Brasil voltou a demonstrar interesse em aproximação com os Estados Unidos, o que é um bom sinal, já que o país não consolidou acordos comerciais importantes ao longo dos últimos anos, que agora poderiam proporcionar-lhe melhor dinâmica no comércio exterior.

Idealmente, o governo deveria descarregar todos os preços comprimidos na economia ainda neste ano de 2014 que já está perdido, para permitir que 2015 seja efetivamente um novo ano não tendo ajustes a serem feitos, para então proceder a uma forte depuração nos seus gastos de forma a mitigar os efeitos inflacionários da moeda americana com um preço em torno dos R$ 2,60 e não precisar recorrer intensamente ao aumento do juro.


Fazendo-o de forma declarada talvez mitigue o risco de perda do grau de investimento por parte das agências de rating, desde que apresente um severo e rígido plano econômico para 2015.


Urge que o governo tenha projetos novos de infraestrutura para que possa atrair os investidores estrangeiros, sem barreiras ideológicas e sem tantos entraves burocráticos, e carreie fluxos de recursos externos em volume suficiente para financiar seu déficit em transações correntes em 2015.

Tendo em vista que a visão que se tem do país é de que tenha atingido o seu pior momento macroeconômico, com crescimento do PIB próximo de zero, política fiscal deficitária com o governo gastando mais do que arrecada, perda absoluta de credibilidade interna e externa, etc, é necessário que se valha de estratégias prioritárias que tenham uma relação “custo-benefício” mais imediata, como fator de indução à reversão do negativismo presente no país.

O país precisa ter um programa econômico de dois tempos, um imediato para reverter o pessimismo e criar perspectivas para o setor industrial hoje em forte retração e que deve ter substancial participação na atividade da economia. E outro, de médio e longo prazo focando a recuperação da deterioração relevante nas contas do governo e consequentes de problemas de gestão.


A questão da escolha do nome do próximo Ministro da Fazenda parece ter foco neste momento mais “no grau de autonomia” que será dado pela Presidenta do que no nome. No nosso ponto de vista, já salientado inúmeras vezes, entendemos que a equipe econômica precisará ser absolutamente coesa e que figuras estelares podem até prejudicar a melhor evolução dos fortes ajustes, já que estará exigindo mais alinhamento do que liderança imponente, já que o espaço para criação na gestão será mínima e estará envolvido num processo de reconstrução que sugere medidas antipopulares que provocam desgastes.

O Brasil e o seu estado caótico de momento não será solucionado por um único elemento, mas por uma mudança de mentalidade ampla dos seus gestores, por isso a coesão é mais importante.

O Brasil requer um choque de credibilidade intenso, sendo importante que isto ocorra a partir do ativo mais sensível e que esteve contido nos últimos anos por estratégias focadas na obtenção do controle da inflação com relevante dano a economia brasileira, o PREÇO DO DÓLAR.


A contenção de gastos deve ser o antídoto à contenção das pressões inflacionárias. Ao invés de desonerações e subsídios direcionados aos setores que não respondem positivamente, é melhor a taxa do dólar adequada e realista que permitirá que o setor industrial se recupere com oportunidade para todos, ganhe motivação aos investimentos, geração de empregos e renda, além naturalmente da arrecadação de tributos.

O governo precisará ser mais estratégico e menos intervencionista e isto deve estar integrado ao plano econômico focando a reversão da situação atual, a partir da ancora de PREÇO ADEQUADO DO DÓLAR, que consideramos esteja em R$ 2,60.

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