A decisão do COPOM hoje impõe desafios importante à autoridade monetária, porém longe de serem questões problemáticas, dado o recente histórico de inflação e à taxa nominal historicamente baixa.
O cenário atual contempla acima de tudo uma forte resiliência da atividade econômica, que não consegue ganhar ‘tração’ em vista à taxa de juros atual estimulativa e abre justas dúvidas sobre a necessidade de aprofundamento destes estímulos.
Ao mesmo tempo, a economia brasileira ainda conta com questões estruturais graves, como a reindexação, a qual tem pouco peso num cenário semelhante ao atual, porém é significativa num momento de atividade econômica mais aquecida e maior inflação e obviamente pesam a questão fiscal e necessidade de financiamento do governo.
Pelo caráter liberal da nova gestão, este ponto em si perde muito peso e “mais Brasil, menos Brasília” é importante neste sentido.
As perspectivas em termos de reformas são positivas, ainda que possam frustrar os investidores em termos de timing, muito diferente daquele do congresso.
Neste contexto, o trabalho do BC talvez seja facilitado no futuro.
Entre os pontos importantes do plano Real para evitar um repique inflacionário estava a abertura comercial, algo já anunciado pelo atual governo como meta e unido à reforma tributária, podem converter o cenário inflacionário em algo muito mais controlável do que no passado recente.
Este futuro pode exatamente causar uma cautela do COPOM no presente, pois depende do elemento humano e político.
Atenção aos resultados corporativos de GM, Eli Lilly, GlaxoSmithKline, 21st Century Fox, Toyota, Softbank, Daimler, BNP Paribas (PA:BNPP), ING, MetLife, Prudential (LON:PRU), Spotify (NYSE:SPOT), Sumitomo, Carlsberg, Chipotle e Mazda.
No Brasil, Banco ABC Brasil (SA:ABCB4).
CENÁRIO POLÍTICO
Bolsonaro foi rápido na desoneração do ministro do Turismo hoje, sob suspeita de crime eleitoral e interlocutores dizem que tal movimento não é aleatório, pois visa evitar distrações no avanço com as reformas.
Após o balão de testes dos 65 anos, a evolução das conversas é clara em diversos sentidos e dois pontos devem ser alvo do governo: O apoio irrestrito do presidente e da bancada à versão final do texto e a luta contra a desinformação, como ocorreu anteriormente.
O funcionalismo, principal afetado foi uma das fontes da forte desinformação e a tendência é que o governo ataque tal fronte.
A munição para distorcer é enorme, dada sua impopularidade, mas sua necessidade é premente, algo que se concorda até na oposição.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, após o discurso de Trump no congresso.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, sem reação ao discurso.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos na em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, queda generalizada, com exceção da forte alta do minério de ferro.
O petróleo abre em queda, com temores sobre o crescimento global.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,6668 / 0,00 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,132%
Dólar / Yen : ¥ 109,66 / -0,273%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,185%
Dólar Fut. (1 m) : 3674,90 / 0,09 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,37 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,00 % aa (0,29%)
DI - Janeiro 23: 8,09 % aa (0,37%)
DI - Janeiro 25: 8,61 % aa (0,58%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,28% / 98.311 pontos
Dow Jones: 0,68% / 25.412 pontos
Nasdaq: 0,74% / 7.402 pontos
Nikkei: 0,14% / 20.874 pontos
Hang Seng: 0,21% / 27.990 pontos
ASX 200: 0,34% / 6.026 pontos
ABERTURA
DAX: -0,428% / 11319,33 pontos
CAC 40: -0,337% / 5066,21 pontos
FTSE: -0,358% / 7151,65 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 98466,00 pontos
S&P Fut.: -0,209% / 2725,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,196% / 6994,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,15% / 80,77 ptos
Petróleo WTI: -0,86% / $53,20
Petróleo Brent:-0,94% / $61,40
Ouro: -0,13% / $1.313,65
Minério de Ferro: 1,88% / $88,16
Soja: 0,14% / $16,65
Milho: 0,00% / $380,75
Café: 0,05% / $104,90
Açúcar: 0,00% / $12,82