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Quando as Almas Falam, os Corpos Reagem (e os Bolsos Também!)

Publicado 23.05.2018, 12:12
Atualizado 14.05.2017, 07:45

“A moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade.”

“A missão suprema do homem é saber o que precisa para ser homem.”

“Todo o conhecimento humano começou com intuições, passou daí aos conceitos e terminou com ideias.”
– Immanuel Kant

Começa com a intuição, sabe? Só depois passa a ser um conceito, algo formal. O primeiro impulso é necessariamente tácito, não estruturado pela razão estrita. Talvez daí venha a tal expressão clássica ligada ao “espírito animal” do empresário.

Quando criamos a Empiricus, não havia business plan, estudo de “adressable market”, plano de carreira. Nada disso. Tínhamos uma intuição. E só. Achávamos que se publicássemos ideias de investimento genuínas, após uma perseguição obstinada da verdade, ofereceríamos aos assinantes as melhores alternativas de investimento. Isso seria percebido, as pessoas se disporiam a pagar por ideias que lhes pagariam ainda mais e a empresa seria viável economicamente. Essa era nossa planilha de Excel em novembro de 2009.

O compromisso era com a transparência radical, não com uma agenda oculta para fomentar outros negócios, como tradicionalmente se faz na indústria financeira, ávida por rebates dos fundos, corretagens de ações, taxas de IPOs, spreads na renda fixa e por aí vai. Falar só e toda a verdade era uma espécie de imperativo categórico, um princípio que seria benéfico caso adotado por todos os seres humanos.

Nunca tive ilusões. Sabia que, ao falar o que pensava e/ou o que descobria, feriria interesses estabelecidos e criaria para mim mesmo uma série de inimigos. Infelizmente, porém, se você está no negócio de dar opiniões e se posicionar, isso é simplesmente parte do seu trabalho. Ao sugerir comprar uma ação, você automaticamente é confrontado pelos vendidos. E vice-versa, claro.

Isso nos traz a dois casos curiosos. Os profissionais da Empiricus foram punidos duas vezes pela Apimec, associação responsável pela autorregulação dos analistas.

A primeira quando acusamos o frigorífico Marfrig (SA:MRFG3) de fraudar seus balanços como forma de evitar o estouro dos covenants de dívida líquida sobre ebitda, o que, caso materializado à época, poderia inclusive levar a companhia à recuperação judicial.

E a segunda quando projetei uma alta de até 400% para as ações de Rumo (SA:RAIL3) até 2020.

A verdade é filha do tempo.

Ontem, Marcos Molina, controlador da Marfrig, fez acordo com o MPF para pagar uma indenização à CEF no valor de meros 100 milhões de reais. A negociação insere no âmbito da operação Cui Bono, que apura o pagamento de propina para obtenção de empréstimos junto ao banco estatal.

Molina já havia sido punido antes pela CVM por descumprimento das regras contábeis, arcando com multa pessoal junto a outros diretores da empresa, e com a necessidade de republicar os balanços da companhia.

Lá fora, analistas independentes já foram premiados pela descoberta de fraudes contábeis em grandes empresas. Aqui, eles receberam uma punição. Chamar de fraude o que é fraude rende multa para o analista.

Felizmente, um publicador de ideias obedece apenas a um senhor: seu assinante. E todos aqueles que acreditaram na tese de que a Marfrig fraudava seus balanços e shortearam (apostaram na queda) da ação da empresa ganharam bastante dinheiro.

Não tanto dinheiro – confesso – quanto aqueles que acreditaram que as ações de Rumo poderiam subir até 400% em quatro anos. Ontem, com a valorização diária de mais 7%, os papéis fecharam a 14,90 reais. Como a recomendação inicial aconteceu a 4,70 reais, já se observa uma alta de 217%.

Se você me perguntasse hoje o que penso das ações, afirmaria identificar um potencial de valorização de cerca de 30% com alguma tranquilidade.

E se me perguntasse como me sinto diante das punições da Apimec e dos posteriores desdobramentos dos fatos, com meus assinantes apenas ganhando (muito) dinheiro a partir das sugestões que me renderam as multas, eu diria não querer um pedido público de desculpas dessa associação. Aliás, eu não o aceitaria.

Admiro a perseverança e a disciplina do Sr. Eduardo Bocuzzi em particular. Pode-se acusá-lo de tudo, menos de desobediência a seus patrões. Por reiteradas vezes, ele tenta censurar a Empiricus e fazê-la também bater continência às instituições financeiras tradicionais. Não passarão!

Se meus detratores me conhecessem melhor, me odiariam ainda mais. O que eu espero mesmo é ser reincidente. Suspeito que também o leitor torça pela repetição de fatos como os narrados acima.

Onde vejo hoje uma oportunidade de lucro nada moderada e comedida, com perfil de risco razoavelmente controlado? Para mim, aos preços atuais, as ações de Guararapes guardam upside superior a 100%. Pode até demorar um pouco para decolar por conta da frustração com a atividade econômica e, por conseguinte, com o consumo. Típica empresa boa passando por um mau momento em Bolsa. Buy opportunity clássico àqueles com alguma capacidade de esperar.

Essa é uma boa ideia para seu dinheiro agora. Mas se você quer uma ótima ideia, então você precisa de um método consistente para quebrar a banca. Rodolfo desenvolveu algo especial para você. Está tudo pronto aqui, no Beat the Dealer.

Mercados iniciam a quarta-feira sob maior aversão ao risco, preocupados com crise cambial na Turquia. Investidores desconfiam da postura do Banco Central local, que se mantém tímido diante da desvalorização de sua moeda. Contágio sobre emergentes como um todo começa a ser discutido mais abertamente, com Mark Mobius apontando nominalmente Brasil como pertencente ao grupo de países que não estão indo bem – nosso parzinho foi a Argentina em sua entrevista à Bloomberg, o que não parece coisa boa.

Agenda econômica é bastante relevante, contendo ata do Fed, dados do setor imobiliário norte-americano, serviços e indústria nos EUA. Por aqui, destaque para IPCA-15, que ficou abaixo do esperado ao anotar inflação de 0,14%.

Ibovespa Futuro cai 1%, dólar sobe contra o real acompanhando outras moedas lá fora e juros futuros avançam, empurrados pela maior aversão ao risco.

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