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Quando o Emocional se Afasta e o Racional Prevalece, o Dólar Sobe

Publicado 03.03.2015, 07:30
Atualizado 14.05.2017, 07:45

O quadro econômico brasileiro é extremamente complexo e não sugere que quaisquer sinais que evidenciem melhora sejam validados de imediato, devendo ser observados quanto ao comportamento e sustentabilidade por um período razoável, digamos pelo menos um trimestre, e nem mesmo concluir que as medidas que estão sendo adotadas possam efetivamente ser contributivas à recuperação do país, já que os efeitos colaterais podem causar mais inflação, desemprego, perda de renda e consumo, conduzindo o país à recessão.

É preciso muita observação sobre o contexto geral.

A reação precipitada da última sexta-feira ante um superávit primário de construção relativamente atípica quanto às origens setoriais, naturalmente teve muito de emocional e provocou a depreciação do preço da moeda americana.

Ontem a moeda americana teve apreciação expressiva colocando-se em linha com a realidade do momento.

Ilações de que o BC poderá não rolar integralmente a posição de US$ 9,964 Bi vincenda neste mês de swaps cambiais podem também ter contribuído para esta alta do preço da moeda americana, mas tudo leva a crer que a especulação sobre o fato visa forçar o BC a demonstrar que vai rolar o todo. Efetivamente o BC não tem como deixa-la de rolar integralmente, salvo se desejar que o preço da moeda americana atinja valor mais elevado de imediato, o que não nos parece razoável já que impactaria mais forte na inflação.

Neste momento, a piora das perspectivas sobre a viabilização da implementação de todas as medidas necessárias se acentua, tendo em vista que é crescente o movimento político de rejeição e mesmo a Presidenta aparenta algum desconforto.

O grau de confiança continua baixíssimo e isto faz com que a percepção das medidas preconizadas pela equipe liderada pelo Ministro Joaquim Levy suscitem dúvidas sobre os reais efeitos na economia, levando como consequência ao aumento de demanda por “hedge” por parte das empresas, o que confronta com a ideia de possível não rolagem das posições vincendas de swaps cambiais.

O Brasil está tendo o seu risco cambial agravado e o contexto prospectivo sugere que terá problemas no setor externo com a repetição de saldo negativo nas transações em conta corrente, com recuo dos IED´s e performance negativa da balança comercial.

Merece destacarmos que a balança comercial fechou o bimestre jan-fev com saldo negativo acumulando US$ 6,016 Bi, influenciada pela queda das exportações e perda de preços de itens relevantes.

Dias atrás o Ministro Levy ao se reportar às contas externas não demonstrou preocupação, mas na realidade o setor externo brasileiro poderá se revelar um grande e surpreendente transtorno para o governo e de difícil gestão pelo BC para evitar alta maior da moeda americana no nosso mercado de câmbio.

Desnecessário lembrar que os efeitos deletérios da alta expressiva do preço do dólar impactam muito rapidamente nos preços da economia, e, estes sobem rápido e nem sempre revertem a alta quando o dólar cede.

O Brasil precisa ter foco e se fazer preparado para problemas no setor externo, valendo ter um plano de contingência que não será fácil estabelecer no quadro atual, visando preservar as reservas cambiais que liquidamente já estão em torno de US$ 350,0 Bi, já descontado o total das posições vendidas dos bancos que estão fazendo o papel do BC no mercado à vista, já que estão sendo os geradores da liquidez.

Ocorre que o BC já tem em poder do mercado algo em torno de US$ 120,0 Bi de contratos de swaps cambiais e os bancos já estão com as posições vendidas com saldos elevados, o que torna a tarefa mais difícil.

O COPOM deve elevar a SELIC em mais 0,50% na reunião que se inicia hoje e termina amanhã, passando-a para 12,75%, mas acreditamos que não poderá parar neste patamar, sendo obrigado a sancionar novas altas nas próximas reuniões.

Fatores externos pouco sensibilizam a formação do preço da moeda americana no nosso mercado, estando evidente que são os problemas e incertezas em torno do próprio Brasil que afetam diretamente o comportamento.

Tudo sugere perspectiva bastante perturbadora no setor externo e isto representará pressão na formação do preço da moeda americana.

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