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Queda na Receita da Apple: Pequeno Contratempo ou Início de um Ciclo de Baixa?

Publicado 08.01.2019, 11:05
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Quando uma empresa tão confiável e acompanhada como a Apple (NASDAQ:AAPL) erra em seus cálculos e prognósticos financeiros, pode ser difícil corrigir rapidamente o dano causado. Na quarta-feira da semana passada, após o fechamento do mercado, o CEO da companhia, Tim Cook, tentou colocar panos quentes na situação quando, cerca de um mês antes da divulgação oficial dos resultados da Apple, alertou que as vendas da empresa ficariam significativamente abaixo do previsto para o trimestre das festas de fim de ano.

Em uma carta aos investidores, divulgada no mesmo dia, Cook escreveu:

“Administramos a Apple para o longo prazo, e a Apple sempre usou períodos de adversidade para reexaminar nossa abordagem, aproveitar nossa cultura de flexibilidade, adaptabilidade e criatividade e, assim, se tornar uma empresa melhor.”

AAPL Semanal

O alerta sobre a queda nas vendas pegou os mercados de surpresa. Na abertura da quinta-feira, os investidores começaram a se desfazer dos papéis da Apple. Ao final do pregão, a ação havia afundado 10%, a maior queda em quase seis anos.

O que desencadeou uma destruição dessa magnitude foi o timing do anúncio. O corte na previsão de vendas veio apenas dois meses depois de a Apple apresentar uma imagem otimista do seu principal produto, o iPhone, durante seu balanço financeiro do 4T18, no início de novembro.

Esta é a primeira vez em quase duas décadas que a Apple reduz sua previsão de receitas ao prever que as vendas serão de cerca de US$ 84 bilhões no trimestre finalizado em 29 de dezembro, uma queda em relação às estimativas anteriores de US$89-US$93 bilhões, em razão da desaceleração na China. A grande questão para os investidores, evidentemente, é: será que este pode ser o início de uma espiral descendente para essa gigante da tecnologia?

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Desafios fundamentais para o crescimento

Para quem está posicionado na venda de Apple, o atual ambiente destaca o desafio fundamental que a companhia está enfrentando em sua próxima fase de crescimento:convencer os clientes de que eles devem pagar mais pelos iPhones, em um momento em que a indústria dos smartphones atingiu seu pico e o mercado está sendo inundado por telefones mais baratos. De fato, a média de preços dos iPhones é cerca de cinco vezes maior do que a dos smartphones de outras marcas vendidos ao redor do mundo, de acordo com um relatório recém-divulgado pelo Wall Street Journal, citando o analista Toni Sacconaghi, da Sanford C. Bernstein.

Além disso, o ciclo de renovação de todos os smartphones parece estar desacelerando. Há apenas quatro anos, os consumidores norte-americanos renovavam seus aparelhos a cada 24,4 meses, de acordo com a BayStreet Research LLC, que rastreia as vendas de smartphones. A taxa de renovação foi ampliada para 36 meses no trimestre que acaba de se encerrar, de acordo com a empresa, cuja expectativa é que o tempo que os consumidores dos EUA permanecerão com seus telefones será de 38,7 meses, em média, no próximo ano.

Segundo essa avaliação nada positiva, qualquer melhora no ambiente macroeconômico – caso os EUA e a China resolvam sua disputa comercial rapidamente – não mudará drasticamente a perspectiva para a companhia. Essa visão parece apropriada para um ambiente de incerteza, medo e desaceleração do crescimento no país asiático, cujo mercado é crucial para a Apple.

Mas continuamos otimistas com a expansão futura da Apple e seu enorme poder de inovação. Acreditamos que esse é o fundamento mais importante que o mercado está descartando neste momento.

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É difícil acreditar que a companhia perdeu, de uma hora para a outra, sua capacidade de surpreender os clientes através da melhoria dos seus produtos e do desenvolvimento de novos recursos de ponta. Quanto ao mercado chinês, a Apple tem um histórico de superação de desafios nesse difícil ambiente. As vendas caíram naquele país nos anos fiscais de 2016 e 2017, mas, de maneira geral, a companhia continuou sua trajetória ascendente.

Há outro possível fator de crescimento importante para a Apple: a Índia. O subcontinente continua sendo o maior mercado inexplorado de smartphones para a companhia. Os iPhones correspondem a apenas 1% das vendas gerais desses aparelhos na região.

A empresa pode mudar essa situação na Índia se começar a produzir smartphones naquele país e abrir suas próprias lojas, que são os dois maiores obstáculos citados por Cook para o desempenho fraco da Apple naquele mercado.

A Apple continua sendo líder em inovação na indústria de smartphones. Se houver a possibilidade de qualquer mudança fundamental na indústria, acreditamos que a Apple tem o poder e a musculatura financeira necessária para rapidamente se ajustar a qualquer nova realidade.

Além disso, a empresa dispõe de diversas outras linhas de produtos que já são capazes de fidelizar os clientes e gerar vendas recorrentes, como relógios inteligentes, serviços de música e sua loja de aplicativos. Há também rumores que circularam no mês de agosto passado de que a Apple pode lançar seu próprio carro em algum momento entre 2023 e 2025.

Resumo

Os investidores de valor mais bem-sucedidos do mundo, como Warren Buffett, acreditam no modelo de negócios da Apple e veem a ação como um sólido investimento de longo prazo.

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Como já aconselhamos diversas vezes, ninguém deve vender uma ação com sólidos fundamentos em contratempos de curto prazo. Isso se aplica principalmente à Apple. Sua recente queda é uma chance de comprar ou aumentar sua posição caso você tenha um horizonte de investimento de longo prazo.

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