Após a aprovação da independência do BC, a conta obviamente veio rápido na forma de uma nova rodada do auxílio emergencial, o qual gerou notícias para todos os lados durante o dia, desde um pacote com responsabilidade fiscal e volume reduzido, até mesmo R$ 600 como na versão inicial.
O presidente Bolsonaro chegou a citar 3 ou 4 meses de auxílio e mais uma vez satirizou a reação do mercado financeiro em sua live, como se o mercado financeiro fosse composto por meia dúzia de instituições, que se reúne de manhã e decide que vai reagir de maneira X ou Y.
Bolsonaro já foi informado por mais de uma dezena de ocasiões por Paulo Guedes que o tal “mercado” somente reage à informação que recebe e antecipa de 4 a 9 meses o que pode ocorrer na economia real, daí a reação nos ativos.
Portanto, a fala do presidente provavelmente denota que algo não muito responsável em termos fiscais pode surgir no horizonte de curto prazo, esta extensão do auxílio emergencial.
A aprovação da independência do BC levaria a um mercado mais positivo na sessão de ontem, fugindo inclusive da correção observada das bolsas internacionais, porém, as notícias erráticas no meio político/fiscal levaram a um fechamento menos expressivo do Ibovespa, dólar em pequena alta, após passar o dia em queda e uma curva de juros errática.
Tudo isso, pois de certa maneira, o tal “mercado” espera que as reformas avancem nas casas legislativas, afinal, os impedimentos para seus avanços foram retirados com a vitória da base do governo, mas aparentemente, o fiscal pode sofrer de maneira significativa.
Nos EUA, Biden, após ligação com Xi Jinping, diz que a China vai comer nas mãos dos EUA, caso o país não avance com investimentos em infraestrutura, mostrando que a retórica com a segunda economia do mundo deve ser tudo, menos pacífica.
Atenção aos balanços de Moody's (NYSE:MCO) (SA:MCOR34), ING (NYSE:ING), Olympus, Asahi, Yamaha e localmente, Usiminas (SA:USIM5) e Alpargatas (SA:ALPA4).
Na agenda macro, PIB do Reino Unido, Produção Industrial na Zona do Euro e o IBC-Br no Brasil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, após mais um recorde das bolsas americanas durante a madrugada.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, com os diversos feriados lunares pela Ásia.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto a prata.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com mercado cauteloso, após a série de altas.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,45%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3852 / 0,02 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / -0,173%
Dólar / Yen : ¥ 105,01 / 0,325%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / -0,217%
Dólar Fut. (1 m) : 5395,10 / 0,23 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,20 % aa (-2,55%)
DI - Janeiro 23: 4,88 % aa (0,31%)
DI - Janeiro 25: 6,43 % aa (0,63%)
DI - Janeiro 27: 7,12 % aa (0,42%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,7299% / 119.300 pontos
Dow Jones: -0,0226% / 31.431 pontos
Nasdaq: 0,3810% / 14.026 pontos
Nikkei: -0,14% / 29.520 pontos
Hang Seng: 0,45% / 30.174 pontos
ASX 200: -0,63% / 6.807 pontos
ABERTURA
DAX: -0,589% / 13958,25 pontos
CAC 40: -0,048% / 5667,10 pontos
FTSE: 0,019% / 6529,96 pontos
Ibov. Fut.: 0,75% / 119223,00 pontos
S&P Fut.: 0,231% / 3911,90 pontos
Nasdaq Fut.: -0,209% / 13704,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,26% / 83,26 ptos
Petróleo WTI: -1,24% / $57,80
Petróleo Brent: -0,93% / $60,68
Ouro: -0,37% / $1.818,01
Minério de Ferro: 1,00% / ¥ $160,08
Soja: 0,04% / $1.374,25
Milho: 0,51% / $545,50
Café: -0,33% / $120,75
Açúcar: -0,54% / $16,48