Por mais uma vez, o contexto político pesa e pesa bastante nas perspectivas de negócios. Os recentes eventos nos EUA começam a retirar a força do otimismo com o governo Trump e os efeitos já se sentem no dólar e nos ativos de maior risco.
Novamente, o novo presidente americano é o único culpado pela situação em que se encontra, pois além a polêmica dos tweets diários e enfrentamentos quase pessoais com a imprensa, o tal plano de US$ 1 tri sequer foi apresentado em detalhes às casas legislativas.
Por aqui, o desgaste do atual governo só é quase compensado pelas situações vexatórias do anterior, como inaugurações de obras prontas e antecipação de campanha para presidência.
O atual governo carece de uma assessoria de comunicação eficiente, tanto para explicar as reformas, inclusive a retirada de estados e municípios da previdência, por contar com regimes próprios, como na situação da churrascaria com carnes estrangeiras.
Tanto cá, como lá, a situação está bizarra.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
Com a política se esvaindo em nível global e os investidores buscando ativos mais sólidos para a tomada de decisões, as atenções aos indicadores macroeconômicos se torna essencial neste momento histórico.
Nos EUA, apesar de Trump, os sinais de crescimento econômico são abundantes, como os do mercado imobiliário a serem divulgados hoje. Mesmo em queda, a perspectiva de venda de imóveis pré-existentes nos EUA se aproxima do nível de 2002, momento onde os estímulos pré 11 de setembro se multiplicavam na economia. Resumindo, mais três altas de juros este ano.
Por aqui, o IPCA-15, ainda influenciado por itens como alimentos tende a trazer um indicador muito inferior à média para março nos últimos 5 anos. Em ambos os casos, estes dados assegurariam a manutenção das políticas monetárias vigentes, porém o temor pelo avanço das reformas e o rombo fiscal no Brasil e falta de políticas concretas nos EUA deixam o contexto totalmente em aberto.
Em aberto ainda está o impacto negativo nos preços das carnes e o aumento de oferta devido à proibição de exportação de diversas empresas.
CENÁRIO DE MERCADO O contexto político inserto confere uma abertura “em vermelho” dos mercados, entrando num claro ritmo de correções. As bolsas na Europa e futuros em NY abrem no negativo, assim como fechamento asiático.
Entre as commodities, as contrações são generalizadas, até mesmo nos defensivos ouro e prata. O aço cai com a oferta maior no porto de Dalian e o petróleo segue a mesma linha, com estoques em alta.
O dólar global luta na estabilidade, após uma abertura em queda, enquanto o rendimento dos US Treasuries opera no negativo em todos os vencimentos.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,0879 / 0,50 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / -0,185%
Dólar / Yen : ¥ 111,36 / -0,313%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,136%
Dólar Fut. (1 m) : 3096,00 / 0,33 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,96 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,48 % aa (-0,73%)
DI - Janeiro 21: 9,92 % aa (-0,70%)
DI - Janeiro 25: 10,30 % aa (-0,48%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,93% / 62.980 pontos
Dow Jones: -1,14% / 20.668 pontos
Nasdaq: -1,83% / 5.794 pontos
Nikkei: -2,13% / 19.041 pontos
Hang Seng: -1,11% / 24.320 pontos
ASX 200: -1,56% / 5.685 pontos
ABERTURA
DAX: -0,472% / 11905,62 pontos
CAC 40: -0,437% / 4980,59 pontos
FTSE: -0,833% / 7316,85 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 63363,00 pontos
S&P Fut.: -0,073% / 2340,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,033% / 5336,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,53% / 84,44 ptos
Petróleo WTI: -1,37% / $47,58
Petróleo Brent:-1,49% / $50,20
Ouro: 0,01% / $1.244,97
Aço: -0,48% / $88,99
Soja: 0,39% / $19,00
Milho: 0,00% / $361,00
Café: -0,76% / $143,80
Açúcar: -0,52% / $17,23