Entramos no quarto dia de uma tentativa de correção de ativos “puro sangue”, agora na expectativa hoje do discurso de Donald Trump e um talvez possível anúncio do plano econômico e de cortes de impostos e localmente, por conta do feriado prolongado de carnaval.
É muito difícil para o mercado local passar um período tão prolongado afastado, em vista a tudo que tem ocorrido no mundo, principalmente em termos políticos.
As bolsas hoje continuam em timo de correção, apesar da insistência de ganhos nos EUA, mesmo assim, tanto a abertura na Europa, quanto os futuros das bolsas em NY operam em queda, assim como foi o fechamento na Ásia.
Na perspectiva do possível anúncio de Trump o dólar opera em queda e os US Treasuries não tem nenhum rumo definido entre os vários vencimentos analisados.
Entre as commodities, o aço opera em franca queda, porém na linha contrária do cobre e outras metálicas, enquanto o petróleo devolve os ganhos da sessão anterior, após anúncio do aumento pela sétima semana dos estoques.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
O resultado do governo central ontem trouxe um alento ao ajuste fiscal importante, principalmente para o ciclo de afrouxamento monetário.
Apesar da receita líquida do governo central abaixo de nossas projeções, as despesas mais modestas mostram as reduções de investimentos e custos tão aguardados pelos investidores.
Obviamente, após tal resultado, é de se esperar que o consolidado do setor público hoje supere as projeções médias dos analistas, porém com um superávit primário mais robusto.
Por fim, os indicadores têm potencial de sustentar cada vez mais o ciclo de cortes de juros por parte do COPOM, só resta a política não atrapalhar tal processo.
CENÁRIO POLÍTICO
Ontem, a política brasileira mostrou uma de suas facetas mais rasas na câmara federal. A aprovação de Serraglio para o ministério da justiça afetou os brios da bancada mineira, a qual tentava emplacar não somente um nome do estado, mas alguém menos favorável à operação Lava Jato.
Serraglio nos bastidores já combinou com Temer manter distância da operação e para alguns parlamentares, acabou a última chance de se tomar providências “superiores” contra os processos em andamento. Com isso, o vice-presidente da câmara diz ter rompido com o governo e conclama aos parlamentares insatisfeitos a se unirem a ele.
Já atacou a reforma da previdência e pode atrapalhar votações importantes em andamento nas casas.
Quando perguntado se tudo não passava de um mise-en-scène para conseguir cargos no governo, o deputado se desviou e disse que a causa era justa. Por tais motivos o mercado financeiro não pode contar com tudo aprovado e justifica a cautela do Banco Central na ata do COPOM.
“Ao vencedor, as batatas”
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,0631 / -0,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,038%
Dólar / Yen : ¥ 112,34 / -0,240%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,056%
Dólar Fut. (1 m) : 3060,82 / -0,65 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,34 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,81 % aa (-1,70%)
DI - Janeiro 21: 10,04 % aa (-1,38%)
DI - Janeiro 25: 10,28 % aa (-1,53%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,64% / 67.461 pontos
Dow Jones: 0,17% / 20.810 pontos
Nasdaq: -0,43% / 5.836 pontos
Nikkei: -0,45% / 19.284 pontos
Hang Seng: -0,62% / 23.966 pontos
ASX 200: -0,79% / 5.739 pontos
ABERTURA
DAX: -0,924% / 11837,46 pontos
CAC 40: -0,998% / 4842,47 pontos
FTSE: -0,459% / 7238,02 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 68296,00 pontos
S&P Fut.: -0,279% / 2356,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,361% / 5312,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,31% / 87,64 ptos
Petróleo WTI: -0,42% / $54,22
Petróleo Brent:-0,60% / $56,24
Ouro: 0,55% / $1.256,45
Aço: -0,08% / $87,41
Soja: -0,78% / $19,27
Milho: 0,21% / $366,25
Café: 0,41% / $148,45
Açúcar: -0,20% / $20,13