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Reação Excessiva no Dólar com Base em Superávit Primário

Publicado 02.03.2015, 10:25
Atualizado 14.05.2017, 07:45

O preço da moeda americana depreciou-se muito na sexta-feira com a justificativa do resultado do superávit primário brasileiro e o PIB americano de 2,4% considerado abaixo das expectativas.

Pareceu-nos um excesso, tendo em vista que o superávit primário de R$ 21,1 Bi foi concebido com a colaboração do governo central com R$ 10,1 Bi inferior aos R$ 12,5 do mesmo período em 2014, e contou com uma inusitada geração de resultado positivo de R$ 9,2 Bi dos estados e mais R$ 1,80 Bi, gerados por municípios e estatais.

Até que ponto pode deixar de considerada atípica a contribuição gerada pelos estados, que elevaram seus resultados positivos de R$ 6,1 Bi em janeiro de 2014 e agora apontaram R$ 9,2 Bi.

No acumulado nos últimos 12 meses as contas do setor público continuam negativas com déficit de R$ 31,4 Bi, algo como 0,61% do PIB.

O governo foca para 2015 um resultado de 1,2% do PIB algo como R$ 66,3 Bi, e tem demonstrado intensa voracidade em medidas de todas as naturezas para buscar atingir esta performance, mas não podemos deixar de considerar os efeitos colaterais intensos das mesmas que poderão conduzir a economia a forte recessão.

Ainda é muito pouco para que ocorra reversão e o grau de confiança que está baixíssimo se eleve rapidamente. Será necessário pelo menos um trimestre para que se tenha uma visão mais real dos efeitos de tudo que está sendo implementado visando a reversão da dinâmica da economia do país.

A reação sobre o preço do dólar foi extremamente excessiva, embora o resultado possa ser entendido como atenuante ao receio de perda do grau de investimento pelo país, ainda o é muito discreto.

O PIB americano tem expressão para demonstrar a antítese aos argumentos frequentes do governo brasileiro, afinal a crise é nossa e não tem fundamento a contumaz justificativa de que os fatores externos é que determinam a deterioração da economia brasileira.

As mudanças da política monetária americana devem ocorrer de forma organizada e num prazo acima da expectativa inicial, conforme a ultima manifestação da Presidente do FED.

A demanda por “hedge” continua maior que a oferta, e assim deve perdurar a pressão altista a partir do mercado futuro.

O movimento ondular decorre de uma relativa presença especulativa, mas também do fato de que quando ocorrem fatos a ser considerados há uma contenção da demanda por “hedge” objetivando preço melhor.

Esta semana (terça e quarta) haverá reunião do COPOM para deliberar certamente nova alta da SELIC, no mínimo 0,50%, passando-a para 12,75%.

O Brasil está girando contra o cenário mundial onde os países desenvolvidos praticam taxas próximas de zero e os emergentes em torno de 3%.

A inflação está forte e com viés de alta pois todas as medidas recentes do governo impactam nesta direção, e tendo o governo substantiva divida interna o fato também onera os custos de carregamento.

As medidas necessárias por parte do governo corrigindo os erros de gestão de 4 ou 8 anos impactarão negativamente na atividade econômica, causando mais inflação e tornando o país mais caro e menos atrativo para investimentos internos e externos, desemprego e queda no consumo, etc....

Por isso, entendemos que este resultado prematuro de superávit primário não restabelecerá ainda o baixíssimo grau de confiança e nem alterará a visão externa sobre o país.

O dólar continuará tendo o preço pressionado, salvo se o BC elevar fora do seu programa o volume de oferta de “hedge”, mas gradualmente a demanda deve se acentuar também no mercado à vista, quando recursos começarem a deixar o país.

O BOLETIM FOCUS embora de forma discreta, em especial no preço do dólar para o final do ano que ainda projeta R$ 2,91, já sensibiliza a percepção de piora no crescimento negativo do PIB (-0,58); produção industrial (-0,72%); déficit em c/c (-US$ 79,10 Bi).

É absolutamente necessário que se intensifique o foco sobre o desempenho do SETOR EXTERNO, onde vislumbramos situações complexas e não tão simples de serem suplantadas pelo BC, sem que haja desconfortos.

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