- Resultados do 4T21 fiscal serão divulgados na quinta-feira, 28 de outubro, após o fechamento do mercado;
- Expectativa de receita: US$84,85 bilhões;
- Expectativa de lucro por ação: US$1,23.
Quando a Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34) divulgar seu mais recente balanço trimestral amanhã, precisará mostrar aos investidores que é capaz de evitar que problemas na cadeia de fornecimento prejudiquem seu importante período de festas de fim de ano.
Rumores de que a empresa reduziria suas metas de produção estipuladas para o iPhone 13 nos últimos três meses do ano pressionaram suas ações no início deste mês.
A expectativa da companhia era produzir 90 milhões de novos iPhones, mas ela está dizendo agora a fabricantes parceiros que o total será menor, porque a Broadcom (NASDAQ:AVGO) (SA:AVGO34) e a Texas Instruments (NASDAQ:TXN) (SA:TEXA34) não estão conseguindo fornecer componentes suficientes, de acordo com uma recente reportagem da Bloomberg.
Mesmo assim, o último trimestre do ano deve ser o melhor em vendas para a Apple, segundo a matéria, gerando cerca de US$120 bilhões em receita. Isso representaria uma alta de cerca de 7% em relação ao ano anterior – e mais dinheiro do que a Apple fez em um ano inteiro há uma década.
As ações da Apple fecharam o pregão de terça-feira cotadas a US$149,32, uma alta de cerca de 12% no ano. O desempenho ainda fica atrás do Nasdaq 100, índice repleto de ações de tecnologia, que subiu mais de 19% durante o mesmo período. A ação registra queda de quase 5% desde a máxima histórica de setembro.
Apesar dessa incerteza com a produção do iPhone, investidores de longo prazo podem aproveitar qualquer recuo após os resultados de amanhã para aumentar sua posição no papel. Duas razões justificam essa postura com a Apple. Primeiro, a demanda por novos produtos da Apple continua muito forte, graças aos seus últimos lançamentos, e voltará com tudo assim que os produtos estiverem plenamente disponíveis, haja vista que as vendas foram apenas postergadas, e não perdidas.
Novos iPhones, reformulação do Smart Watch
O gigante da tecnologia sediada na Califórnia revelou o iPhone 13 e um smart watch com novo visual em seu evento anual de setembro. Na semana passada, a companhia lançou um novos laptops MacBook Pro e novos AirPods. Os mais recentes iPhones são a segunda geração com capacidade 5G, um atrativo essencial para fazer os usuários atualizarem seus aparelhos.
Dan Ives, analista da Wedbush, disse recentemente que as pré-encomendas de iPhone 13 ficaram 20% acima do lançamento do ano passado, e a China estava na liderança. Além disso, outros analistas ressaltaram que o preço médio de venda será maior, dada a demanda mais forte pelo modelo iPhone 13 Pro.
Além disso, o valuation da Apple ficou mais razoável em comparação com outras mega-ações de tecnologia. A Apple está agora sendo negociada a 26 vezes seus resultados projetados para os próximos 12 meses, uma queda em relação ao início de setembro, que era de 28 vezes. Quando a empresa divulgar seus resultados para seu quarto trimestre fiscal amanhã, a expectativa dos analistas é que seu lucro seja de US$20 bilhões, um crescimento de 60% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para investidores de longo prazo que desejam ter ótimos retornos através de dividendos e valorização de capital, a Apple continua sendo uma excelente opção.
Com US$200 bilhões em caixa disponível, a Apple pode se dar ao luxo de aumentar ainda mais seu programa de recompra de ações para dar suporte aos papéis e dividendos. Em abril, a Apple lançou um plano de recompra de ações de US$90 bilhões, maior do que o valor de mercado de mais de 80% das empresas do índice S&P 500.
Conclusão
A Apple pode desapontar alguns acionistas, ao reduzir sua previsão de vendas de iPhone no último trimestre do ano, nesta quinta-feira, por causa de problemas na cadeia de suprimentos. Mas qualquer fraqueza pós-balanço pode ser encarada como uma oportunidade de compra para investidores de longo prazo, em vista da enorme demanda reprimida por seus produtos e serviços.